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cronicas-->Copa 2002 - A retribuição dos Deuses do Futebol -- 13/06/2002 - 23:05 (Marcel Agarie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Autor: Marcel Agarie
Data: 13/06/02

"09 - Crónicas da Copa do Mundo 2002"

Crónica: "A retribuição dos Deuses do Futebol"

Acordei às 5:30hs da manhã, ao som de fogos de artifício. Meu pai, em seu quarto, gritava, comemorava, como se o Brasil tivesse sido campeão. Eu, ainda meio sonolento, sem entender nada que acontecia, imaginei que tudo não passava de um sonho. Olhei para a TV, que ficou ligada durante toda a madrugada e vi o centroavante argentino Crespo chorando, desolado, como se estivessem sido desclassificados da Copa. Meu sonho estava se tornando realidade.

Despertei e chamei pelo meu pai. Ele veio até o meu quarto, sorridente como uma criança, e me deu a notícia da desclassificação Argentina. Seu semblante era todo felicidade, afinal, ele leva um pouco a sério a rivalidade entre brasileiros e argentinos, mas nada que extrapole os limites da paz, sendo assim, apenas por gozação.

Eram quase 6 horas da manhã e meu pai não parava de andar pela casa, falando, quase gritando: "o Brasil nem precisa mais ganhar a Copa! O importante é que os argentinos não ganharão mais!". Esta frase eu ouvi muito quando ainda era uma criança, depois continuei ouvindo durante toda a minha adolescência e, como relatei a pouco, ouço até os dias atuais. Talvez por isso, levo junto com o meu pai um pouco deste negócio de rivalidade, mas sempre de uma maneira sadia.

Pela rivalidade, estou soltando fogos de alegria pela desclassificação Argentina, mas como amante do futebol, lamento profundamente que os argentinos não estarão mais pela Coréia ou Japão, demonstrando a habilidade do futebol sul-americano. Para mim, faltou a tradicional coragem argentina nos jogos em que disputou, pois se preocuparam demais em manter o alto nível técnico (indiscutível) do time e esqueceram de sua principal característica: a raça.

Com certeza, o excesso de favoritismo dado aos argentinos, criou-se uma expectativa muito grande de como seria o comportamento da equipe dentro do grupo da morte, e mesmo sabendo das dificuldades que encontrariam pela frente, como Nigéria, Inglaterra e Suécia, todos tinham como certa a classificação. Entre os classificados, todos diziam que era a Argentina e mais um.

Na estréia venceram a Nigéria por 1 a 0, convencendo ainda mais os críticos sobre a sua superioridade. Porém os Deuses do Futebol não quiseram assim, e pensando numa forma de dificultar o que parecia fácil, deram um par de salto alto para cada jogador argentino, fazendo com que eles tivessem dificuldades para jogar e desempenharem um bom futebol no jogo contra a Inglaterra. Resultado: vitória inglesa por 1 a 0. Contra os suecos, os Deuses Futebolísticos acharam que era a hora de pegarem de volta os pares de salto alto, mas para surpresa divina, os argentinos cabeludos e vaidosos não quiseram devolver, alegando que sentiram-se muito bem com o calçado, e por isso, nunca mais iriam tirá-los.

E foi assim. A Suécia aproveitou a vantagem de jogar com calçados apropriados e começaram vencendo a partida por 1 a 0. A Argentina, mesmo com o salto nos pés, ainda empatou depois de um pênalti mal cobrado por Ortega (a infelicidade na cobrança do pênalti foi devido a dificuldade em caminhar com o salto), onde o goleiro sueco defendeu e Crespo, aproveitando o rebote, empurrou a bola para o fundo do gol.

O placar permaneceu assim - 1 a 1 - até o final, desclassificando a principal favorita para vencer a Copa de 2002. Realmente, este não é o ano dos favoritos, e desta maneira, os dias estão passando, ficando cada vez maior a possibilidade de o campeão desta Copa ser uma equipe que nunca sagrou-se campeã. Ou quem sabe, sem exageros, sermos penta, pois as duas equipes mais temidas já se foram.

Futebol é assim, com tudo controlado pelos Deuses do Futebol. E do mesmo jeito que interferiram na na Copa anterior, onde decidiram tirar o nosso penta em cima da hora, desta vez para compensar, estão facilitando a nossa empreitada, eliminando os favoritos. Agora é só apresentarmos um bom futebol, torcer bastante e rezar para que tudo dê certo.

Zagueiro que cai, Juninho, que dribla mais outro... Amém!

Sayonará
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