Usina de Letras
Usina de Letras
57 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62374 )

Cartas ( 21335)

Contos (13272)

Cordel (10452)

Cronicas (22545)

Discursos (3240)

Ensaios - (10433)

Erótico (13578)

Frases (50763)

Humor (20066)

Infantil (5479)

Infanto Juvenil (4800)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140859)

Redação (3318)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6226)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->A caneta do fiscal Toco -- 17/05/2002 - 10:59 (Silvio de Oliveira Toco Filho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Mais um dia no escritório sediado em Francisco Sá. Naquela época eu era Coordenador de Estação e o trabalho era pura rotina naquela quarta-feira. Eram aproximadamente 14:00 quando apresentou-se naquele setor o representante de uma firma para a conservação de máquinas de escrever. Devidamente identificado, pós-se a desmontar, limpar e lubrificar aquelas maquininhas, que em minha opinião, há muito deveriam dar espaço aos computadores, mas a empresa, os custos e aquelas estórias que já conhecemos...
Lá pelas quatro e meia, quase cinco horas da tarde, o tal representante se aproxima de mim explicando o término de sua tarefa. Como o chefe do escritório não estava presente, solicitou minha assinatura nas guias comprovantes dos serviços ali realizados e para o preenchimento dessas guias, pediu-me uma caneta emprestada.
Continuei minhas tarefas, o dito cujo despediu-se e foi embora. Passado algum tempo abri a gaveta para pegar a caneta e a mesma não estava ali. Perguntei ao pessoal se alguém, por descuido ou necessidade havia pego a tal caneta. Pergunto aqui, pergunto ali e o estalo! Fora o tal representante.
Não que fosse uma caneta de ouro, mas tinha o seu valor estimativo, fora me dado em algum aniversário pelo meu cunhado e trazia gravado " Fiscal Toco ".
E foi exatamente por isso que comecei a pesquisar o paradeiro e o futuro itinerário do tal representante. Após algumas ligações, fui informado que no dia seguinte ele iria fazer a manutenção das máquinas da Estação ferroviária Belford Roxo.
Na ocasião o Chefe daquela Estação chamava-se César, fora o meu substituto e assim sendo, liguei para lá e expliquei o ocorrido. Pedi então, para que ele, ao término dos serviços de manutenção, quando fosse assinar as guias, solicitasse ao mesmo uma caneta, e que, se caso não fosse a minha, perguntasse, se por acaso, no dia anterior, por engano, ele não teria ficado com uma caneta assim coisa e tal. Então, devidamente combinados, aguardei o dia seguinte e na parte da tarde, liguei para o César e perguntei:
- E aí César achou a caneta?
- Que nada Toco, não apareceu ninguém aqui.
- Ok! Então vamos aguardar. Amanhã ainda é Sexta-feira e o cara pode aparecer por aí.
- Então tá. Até a manhã.
- Tchau!
Já na Sexta feira, novamente a parte da tarde, tornei a ligar e mais uma vez não obtive sucesso. Então, achei melhor esquecer o caso, curtir o final de semana e, adeus caneta.
Terça-feira. A rotina de sempre, o mesmo dia a dia em Francisco Sá. O telefone toca, sou chamado e é o César:
- Toco, achei tua caneta.
- Valeu César, como foi?
- Ué, conforme você combinou. O cara chegou aqui, consertou a máquina, pediu para eu assinar as vias e eu dei uma de João sem braço e pedi uma caneta emprestada para assinar. Toco, quando o cara enfiou a mão na maleta com as ferramentas, adivinha qual a caneta que ele me emprestou!
- Puxa César valeu mesmo, que cara safadinho hein!
- Que nada Toco, tem mais!
- O que?
- O cara queria a caneta de volta, estava criando o maior caso. Aí eu já estava perdendo a paciência e perguntei a ele se por acaso ele era o " fiscal Toco " conforme estava gravado na caneta. Falei com ele que ia chamar o policiamento se ele não me contasse a estória bem direitinho. Então ele ficou nervoso e disse que aquela caneta ele havia obtido através de uma troca por peças de máquina na Sexta-feira feira com um outro colega da firma que ele trabalha, logicamente o cara que tinha feito a manutenção aí em Francisco Sá!
- E aí?
- Aí, eu senti que o cara estava falando a verdade e estava muito nervoso, pensando que eu ia mandar prendê-lo, então, mandei ele ir a luta. Também mandei um recadinho para o colega dele de que a gente ia botar o caso para a frente, e que era para ele abrir o olho. O cara saiu daqui muito assustado. Enfim Toco a caneta está aqui, depois, eu te mando.
- Caramba César, coitado do cara. Mas é isso aí, valeu mesmo. A caneta vai, a caneta vem. Obrigado César. Tchau.
- Não tem de que! Tchau.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui