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cronicas-->Mocidade antiga -- 25/03/2002 - 22:21 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MOCIDADE ANTIGA
Roberto Corrêa
A mocidade antiga, sem dúvida , era mais pura, portanto mais idealista. Os jovens, dos idos de quarenta, tinham consciência que a vida sexual deveria se iniciar com o casamento e nele ater-se. Já existiam os amantes da carne, sensuais inconformados e revoltados - sempre foi assim desde o começo do mundo - , mas esses indivíduos, conscientes das próprias inclinações ou fraquezas, procuravam as chamadas casas de tolerància e tudo se conservava no mais absoluto sigilo. A família era oásis de segurança, os casamentos aconteciam com mais frequência, e havia o namoro - o belo encontro de pessoas puras -, geralmente virgens na sexualidade, elevadas em seus nobres sentimentos de amor imorredouro, doação total, felicidade plena. Hoje, embora em escala menor, também deve existir o namoro à moda antiga, felizmente, mas a maioria considera namoro "ficar", aquilo que na pureza do vernáculo se chama mancebia, concubinato, adultério e , na linguagem coloquial, amigação ou simplesmente ajuntamento.
Drogas não existiam, a não ser o cigarro e o álcool, já provenientes de tempos imemoriais. O prazer dos jovens de então ,impregnava-se de romantismo. Seria encontrar a sua amada ou o seu amado para juntos, um dia, concretizarem os próprios sonhos que principiavam com a emocionante marcha nupcial. Hoje destruíram quase que totalmente a mocidade permitindo e incentivando a sexualidade precoce, escancarando o caminho para o consumo de drogas como maconha, cocaína, crack et caterva das quais , naquele tempo, jamais se ouvira falar. Mortos os sonhos, destruído o romantismo daquele amor ideal e perene , a pobre juventude dos nossos tempos - em grande parcela -, enveredou para as drogas pensando, quiçá, encontrar um prazer superior , ou desiludida, nelas afogar as mágoas e os desencantos da vida.
E a sociedade, hipocritamente, não reconhecendo a própria culpa , faz campanha para combater as drogas! Finge ignorar que uma das raízes da violência é consequência do descalabro sexual reinante! Perversamente, ( sob pretexto de combater a aids - um mal bem menor-),distribui preservativos de borracha para adolescentes e crianças , como que incentivando a prática precoce do ato sexual ! Para justificar afirmam que os tempos são outros e que precisamos nos adequar à realidade ou seja, se tudo é podridão temos de nos adaptar a ela usando máscaras, jamais saneando , porque purificar ou limpar o ambiente , com religião e moral , é coisa de carola , nazista e anti-democrata.
Fiquemos por aqui, no curto espaço de uma crónica, eventualmente interessante e não cansativa. Mas , fechêmo-la com alguma poesia, forma elevada de linguagem, manifestação nobre do pensamento, tentando dignificar o amor e confortar a juventude, tão carente do amparo de mestres e educadores. Transcrevo apenas alguns versos , tudo para poupar espaço: " que idade florida e bela/ a dos vinte anos!, não é?/ ornada, embora singela,/ de crenças des´prança e fé;/ em que o mancebo tem sonhos/ de fabulosa extensão,/ altivos , nobres risonhos.../ que benfadada ilusão!/ Que é dos olhos com que eu via/ em cada gruta encantada/ linda moira enamorada /com tesouros para mim?....(T.A. Ribeiro Ferreira)". "Quem disser que a paixão como o fogo se apaga/ que os soluços do amor são efêmeros ais/ que tudo é igual ao vento ou semelhante à vaga/ não o creia jamais, não o creia jamais/. Desde o primeiro olhar, quem de amor se embriaga/ sente que as atrações são mistérios fatais ! / o amor é como o sol cuja luz se propaga/ em crescente calor, em clarões imortais."..(Martins Fontes) "Se lá no assento etéreo, onde subiste,/ memória desta vida se consente,/ não te esqueças daquele amor ardente/ que já nos olhos meus tão puro viste...(Camões)" "Querida, aos pés do leito derradeiro/ em que descansas desta longa vida/ aqui venho e virei pobre querida/ trazer-te o coração do companheiro/ pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro/ que a despeito de toda a humana lida/ fez a nossa existência apetecida/ e num recanto pós um mundo inteiro.....(Machado de Assis)".
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