Harry Potter, é o menino herói, bruxo-mágico criado pela escocesa J.K. Rowling (confirmar), em bestseller mundial . Vejam a que ponto chegamos: uma escritora cria fantasia de magia e bruxaria e o povão do primeiro mundo se encanta, compra milhões e milhóes de livros. Percebe-se que europeus e habitantes de países onde a temperatura chega abaixo de zero no inverno amam a leitura e aplaudem qualquer fantasia que lhe preencha o tempo. Agora , aproveitando o sucesso dos livros sobre Harry Potter, começam a ser lançados uma série de filmes e a mídia sensacionalista, muito bem paga, se encarrega de fazer a divulgação.
De tanto ouvir falar, fui conhecer esse novo herói das telas e pude apreciar mais uma vez os recursos da moderna cinematografia , porém, me aborreci ao máximo com o contexto do filme, fútil e inconcebível. Até que é engraçado ver vassouras voando, montadas por mágicos, e agradável ver a parte inicial onde o herói ainda não tomou conhecimento dos seus poderes mágicos. Imagine parte do enredo: uma escola para mágicos e bruxos bastante frequentada em castelo da Inglaterra dos idos do século XIX !
Duro é aguentar o filme até o final, sendo de se compadecer dos adolescentes do nosso tempo que têm de "engolir" essas obras primas do mau gosto. E nós outros , outrossim, para nos passarmos por modernos, temos de suportar comentários de doutos literatos e cinéfilos, que se orientando por essa mídia inculta e de cabresto louva a escritora vencedora em vendagem e o filme correspondente. Harry Potter com sua varinha mágica poderia nos ajudar , quem sabe, despertando o interesse dos nossos jovens pela leitura. E com a mesma varinha promover a edição e distribuição de livros educativos e de lazer sadio. Existiu muita coisa boa no passado e no presente, sem dúvida, devem também ser encontrados bons livros e bons autores.
Harry Potter chega aos cinemas na época do Natal e pode até se incorporar com a lenda do Papai Noel. Dois personagens inexistentes para iludir as mentes das crianças e adolescentes que pouco ouvem falar do Menino Jesus e da realidade histórica. Notamos assim que o cristianismo continua ausente das nossas vidas e desta forma não podemos reivindicar nada. Continuamos agnósticos, pouco nos lixando com a fé, esperando que coisas grandiosas aconteçam, esquecendo-nos daquele ensinamento evangélico que acentua que, mesmo acontecendo milagres, essa geração perversa não acreditará. Por isso, o único grande milagre previsto foi o da ressurreição de Jesus, três dias após a sua morte.
P.S.- Leio no caderno 2 do Estadão dia 1º deste ano de 2002 que Alois Gmeiner, na Austria, criou um serviço telefónico, "A linha quente anti-Harry Potter", contra os exageros desse herói-mágico.
