Há em mim outros, sem sombra de dúvidas. Bons e maus ,equilibrados ou bêbados, esses estranhos me atormentam. Usam-me para tudo, para vomitar, amar, fazer amor. E tenho que, menino, acolhê-los e humilhar-me.
Escrever é morrer e mais nascer puro no desconhecido.
É caminhar por prados, peixes, pedras, flores, transbordamentos que une o sexo à alma.
Há mulheres que me insinuam olhares sutis e fazem-me capotar; há guerreiros que parecem fazer pequena a terra e buscam o inacessível; há anjos que tornam-me menino e purificam-me dos desconforto do corpo.
Sou mais, muito mais do que esta pele abriga; eu sou, inelutavelmente para toda história, uma alma que transborda eterna de Amor.