Todos os dias recomeçamos a vida. Para cada um, ela é diferente. Para muitos, talvez a maioria, se equipara a filme de longa metragem ou romance e assim , como na ficção, não há tempo a perder para se chegar ao fim. Outros, todavia, vivem apenas episódios - flashes do cotidiano-, e ficam na expectativa do que poderá ocorrer. E assim, passam-se anos e anos no renascer diário. Costuma-se dizer que vai tudo bem, se a saúde predomina. Sendo de carne e ossos, estamos sujeitos à deteriorização. Por isso, temos de nos precaver, agindo e vivendo com cautela, objetivando a própria conservação.
No romance ou nos episódios do dia a dia , as cenas variam.Gostaríamos que tudo fosse maravilhoso e alegre, porém tanto no romance como na vida real o enredo, geralmente, não segue tal escopo. Há os desentendimentos, os choque de opiniões. E pior: quando as idéias negativas e conflitantes se materializam, chega-se à vias de fato, à s revoluções, à s guerras.
Tentamos entender o porquê de tudo isso.Ou, em outras palavras indagamos : por quê não podemos viver em paz, conseguir longa sequência de tranquilidade, fruir pacificamente o dia a dia ? A resposta já foi dada em outras ocasiões, todos bem intencionados a conhecem e paira no ar : a ausência de Deus. O conspícuo Padre Leonel Franca já nos idos de 1934 escrevera : "ora, o grande crime da humanidade moderna, que se encontra na origem dos males que nos assoberbam é a sua apostasia social. Pela primeira vez na história o homem tentou organizar a vida com os seus semelhantes prescindindo de Deus. A religião que foi sempre e em todos os povos a alma das sociedades , passou para muitos a uma simples questão de interesse privado..." Mais adiante: "Mas de Deus não se pode prescindir; o infinito não tem sucedàneos. Uma sociedade que se pretende conservar, como se Deus não existisse, está destinada a uma dissolução total"( O Problema de Deus , pgs.21,22, destaque nosso).
Bombardeados pela mídia, a deusa pagã de nossos dias somos dominados pela atmosfera das emoções (trágicas e incontornáveis), do consumismo (preenhe de prazeres) e com isso não temos condições de pensar, de solucionar os conflitos, de viver em paz.
Esperamos porém, que a graça divina nos toque e um dia vençamos aquela deusa e o seu séquito perverso e avassalador.Aí Iremos, então, nos defrontar com a verdadeira alegria e ventura do renascer diário.