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cronicas-->Sonho Marinheiro -- 12/12/2001 - 12:25 (Maurício Cintrão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tenho saudades do mar. Sinto falta da arrebentação, do reflexo do sol na água, do barulho das palmas ao vento. Gosto daquela sensação atordoante provocada pelo calor e pela maresia. A praia é um dos poucos ambientes onde me entrego por completo.

Fico muito feliz ao lado do oceano. Funciono melhor, torno-me mais interessante e interessado. Aguçam-se o paladar, o olfato e a intuição. A pele fica em estado de alerta e os músculos parecem adquirir outra densidade. Perto do mar, até o ato de espantar borrachudos é sensual.

Fecho os olhos e balanço com as marolas imaginárias. A superfície azul está encapelada. Pés prisioneiros pousam na areia quente. O perfume do chapéu-de-sol embriaga. Sua sombra é generosa. Desejo um bom livro. Idealizo uma lancha que chapinha. Crianças brincam mais para lá, onde gritos e risadas não atrapalham. Sou refém da praia em meus sonhos sequestradores.

Na orla, a vaidade aflora. Gosto da cor achocolatada de minha pele caiçara. Fico mais bonito. Me enxergo mais bonito. E olho mais bonito para os outros. Talvez porque mais bonitas fiquem as morenas de havaianas. Não importa se ruivas, loiras, orientais, negras ou morenas. Todas as mulheres são lindas e morenas sob o Sol marinho de tempero e sal.

A maré oscila. Margeio meus problemas a bordo da saudade do mar. Quebram ondas dentro de mim e o espírito pede pela aragem que só em sonhos vem. Não resisto em marinhar meu corpo pelos mares das lembranças de férias. Mas os olhos marejam, o bom senso incomoda e a frustração continente diz que o veleiro é de brinquedo. Não naufraga mas também não navega. Sou marinheiro do seco. Um marinheiro com saudades do mar.

Maurício Cintrão
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