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cronicas-->A veste não faz o monge -- 02/03/2017 - 21:51 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



A veste não faz o momenge — disse Paola. Podes ser tu mesmo, embora arrastes sobre si o pesado fardo de carregar nos ombros o nome de uma pessoa famosa. Ela não diria a mesma coisa sobre nomes estrambóticos. Durante muitos anos a Igreja recomendou que se batizassem crianças com o nome de santos do dia. Era verdade. Conhecera testemunhos de muitos livramentos de pessoas que tomaram para si o nome de santos,  como os pescadores João, Tiago e Jesus que à deriva, durante quarenta dias, foram resgatados com vida. Também Anacleto acreditava que dando ao filho o nome de um jogador famoso, o menino poderia conhecer o sucesso jogando futebol. Inicialmente, Sivory investiu  seu talento na música, formou um conjunto musical, mas o turco não tinha dom para a música. Apesar disso, para não desfaz o laço de amizade que se formou durante os ensaios e shows,os  integrantes resolveram direcionar seus talentos ao futebol. Compraram chuteiras, bola, uniformes, e organizaram dois times: Agogô e Reco-Reco. Foi assim, em campo improvisado num terreno de periferia,  que nasceu, profissionalmente,  o astro  José Américo Sivory Anacleto, o jogador brasileiro, que antes de descobrir sua vocação para o futebol, experimentou  a aventura de ganhar dinheiro como taxista no reino  de Tio Sam.


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