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cronicas-->Quando Eu Era Criança Gostava de Brincar de Caminhoneira -- 09/07/2016 - 14:52 (Luciana do Rocio Mallon) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando Eu Era Criança Gostava de Brincar de Caminhoneira
Quando eu era garota fazia o estilo moleca, pois gostava de subir em árvores, imitar animais e jogar futebol sempre sozinha.
Eu tentava brincar de casinha com outras meninas. Mas como eu fazia o estilo mais bruto, geralmente, elas diziam frases como:
- Você não pode brincar de casinha porque não tem jeito de mamãe.
Ás vezes, eu pedia para fazer o papel da empregada, nestas brincadeiras. Porém, isto só era possível quando existiam mais de quatro crianças no recinto.
Depois surgiram brincadeiras de médico, salada mista e casamento atrás da porta. Na realidade, eu nunca soube do que se tratavam estes jogos. Pois os meninos diziam que eu era muito feia para participar destes passatempos e que estes jogos eram somente para as garotas bonitas.
Um dia ganhei um caminhão de madeira numa rifa. Mas, tive que aguentar comentários preconceituosos como:
- Caminhão gigante não é brinquedo de menina.
Mesmo assim, eu não dei bola e passei a brincar com este novo objeto. Neste caminhão de madeira eu fazia o transporte das minhas outras bonecas. Ás vezes eu escrevia com giz no caminhão a palavra "Escolar" e, de vez em quando, rabiscava a palavra "Poesia" nele. Afinal era neste brinquedo que eu transportava meus pensamentos e sonhos. Existiam dias, em que eu escrevia poemas em papéis soltos, colocava dentro deste caminhão e puxava, pela cordinha, através do jardim e do quintal da minha casa. Em alguns momentos, também, eu escrevia frases, num papel, e colocava no para-choque deste mesmo caminhão.
Hoje, sou adulta, e não sei dirigir carros por causa de alguns problemas motores. Porém, ainda carrego os meus sonhos e sentimentos no caminhão da Poesia. Pois este automóvel reconhece que na estrada na vida nunca se sabe o que haverá na próxima curva. Assim ele me prepara minha alma para as estradas mais tortuosas e suas palavras evitam muitos acidentes. Também aprendi que brinquedo não tem gênero e que, através, da poesia podemos derrubar muitos preconceitos.
Luciana do Rocio Mallon


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