Quisera eu ter menos 35 anos, ser livre e desimpedido, e que você não tivesse nenhum compromisso. Entraria, com certeza, na fila de pretendentes para disputar o seu amor.
Como isso é impossível, permaneço no meu lugar alimentando, anonimamente, o meu desejo platónico.
Na vida, é assim: se não podemos vivenciar a realidade, vale e conforta o sonho. Entretanto, como disse Lair Ribeiro, em sua obra destinada a adolescentes: "Olhando as estrelas com os pés no chão."
E eu olho-a discretamente, minha superstar, sempre, apesar do platonismo que envolve esse idílio, com os pés em terra firme.
* Em 06/09/2012, publicada, também, neste site, em Artigos, com o título: "Pés no chão".