Em minhas caminhadas, encontro - de vez em quando - pessoas que dependem de cuidados especiais sendo conduzidas (se o verbo adequado é o da 3ª conjugação, que indica: acompanhar, guiar, transportar).
Ali vão idosos (homens ou mulheres), crianças, adolescentes e até animais de estimação, que igualmente são maltratados. Portadores de deficiências mais graves são ignorados, o importante é o dinheiro que certos cuidadores ganham para fazer de conta que cuidam.
Não se desligam do celular, e o ser humano (ou até animal irracional), que deveria receber atenção, fica entregue à sorte, que, aliás, não é das melhores.
A família que os remunera perde. Os seres que deveriam receber tratamento digno nada ganham. Por fim, os pseudocuidadores perdem também.
Ser cuidador não é bico (atividade que complementa salário). É profissão que merece respeito e reparos. Quem a escolhe como meio de subsistência deve exercê-la dignamente.