|     
				| LEGENDAS |  | ( 
					 * )- 
					Texto com Registro de Direito Autoral ) |  | ( 
					 ! )- 
					Texto com Comentários |      |   | 
	|
 | cronicas-->Cabaça, cuia e coité -- 30/09/2013 - 01:38 (Brazílio) |  |  |  |  |  |
 | Cabaça, cuia e coité 
 Veio o plástico e acabou com tudo. Se resiste algum desses objetos, é pelo
 
 esquecimento, ou porque dura mais. Bem cuidado, que fique aclarado.
 
 Na cuia levava-se e se lavava o arroz, por exemplo. E como era fácil segurá-la pelo
 
 cabo, bem roliço, ao alcance de qualquer boa empunhadura.
 
 O coité, ou será cuité?, esse era meio coco, geralmente com um `olho` ou dois
 
 simulados, quando não era a outra metade, com o olhinho já furado. Servia para
 
 pescar água do pote. Ou quando se levava o pote à cabeça, junção amaciada pela
 
 rodilha, o coité é que se colocava, como um barquinho, na superfície da água para, na
 
 ponta das ondas, reduzir-lhe as quedas.
 
 Já a cabaça, seria pra guardar cachaça? Água boa não ia pra cabaça a toa. Era na
 
 bilha, ou `bia`, que de lá se a bebia. Frisquinha.
 
 E ainda se diz que o mundo ficou mais prático. Ou mais plástico? Só falta ver os
 
 homens da remota Nova Guiné, ou Papuásia, trocarem as cabaças afiladas e longas -
 
 com que ritualmente mantêm seus membros de pé e embainhados - por tubos de PVC.
 
 Tubo é possível.
 | 
 |