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cronicas-->O MEDO DE VOAR. -- 13/03/2013 - 18:03 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O MEDO DE VOAR.
Ana Zélia

Só o vencemos enfrentando.
Pela primeira vez vi um caminho aberto ao longe.
Luzes esverdeadas, amarelas e vermelhas.
O que significa tudo isto?
Cromoterapia? Sinais apenas...
Tudo tem seu tempo, espaço...
A vida é um eterno caminhar.

Medo? O choque atmosférico entre o útero e o mundo
nos faz temer o invisível, sempre, sempre.
PÁSSARO DOURADO! Quase apta pelas horas de voo ao Brevê,
ainda temo voar.
Nunca tinha sequer levantado do lugar.
Ver da cabine um voo parece fantástico.
Homens com a calma, paciência e sabedoria de um monge.
Aprendem a conviver com painéis como se eternas crianças
com seus brinquedos...
São homens ricos, afortunados...
Já vi meninos "rico-pobres" com brinquedos pendurados nas
paredes para serem vistos, não tocados. Bazares apenas.
Estas crianças jamais conhecerão o prazer de brincar.
Medo? Medo? A vida é um eterno caminhar.
Sabemos a hora da chegada, a certidão de nascimento
expressa isto, por que temos medo do nada?
O "PÁSSARO DOURADO" é a maior conquista do homem.
Vence a velocidade, o ar, as tempestades, o medo...
Unem cidades, países, fronteiras.
Unem pessoas, vidas...
Do alto tudo é tão pequeno.
O homem tão poderoso parece minúsculo como as formigas
que podemos pisá-las, mas que astuciosas puderam destruir
o elefante apesar do peso.
Há pouco desconhecia quem o controlava. Só lhe ouvia a voz.
_Aqui quem fala é o COMANDANTE!...
Eram os "Lombardes" obscuros com tanta responsabilidade.
Hoje o vi de perto, é gente, ser humano igual a nós e o
Tinha diferente.
_ UM DEUS COM PODER DE VOAR!...
Santarém, 12.11.1991. Voo 302/VARIG.
Comandante Bassane, piloto- Edson, engenheiro de vóo- Jorge
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Nota da autora- Tinha pavor de voar, de repente
fui convidada a ir até a sala de comando, o Comandante
ordenou que eu sentasse e me foi passado o cinto de segurança.
Estava mais pálida que defunto lavado, logo estaríamos pousando em
Santarém vindo de Belém a Manaus.
Peguei do caderco e escrevi aquele pouso. Foi a emoção mais
linda que tive.
A renovo hoje publlicando esta crónica.
Manaus, 14.03.2013. Ana Zélia












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