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cronicas-->Sem rádio no carro -- 17/04/2001 - 09:07 (Maurício Cintrão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SEM RÁDIO NO CARRO
Maurício Cintrão

Outro dia, fui perguntado: por que não tenho rádio no carro? Olha, para falar a verdade, nem desconfio. Sei que não tenho e não sinto falta. Afinal, rádio não é um acessório obrigatório, que em blitz da polícia dá multa, como pisca-alerta ou buzina.

Nos tempos do velho Fuscão havia um rádio AM/FM que funcionava muito bem. Faltavam o pisca-alerta e a buzina, que também não faziam a mínima falta. Aliás, nunca levei multa por isso, mas esse assunto fica para outra crónica.

Pois do mesmo jeito que sobrevivi bem sem pisca-alerta e buzina no carro velho, também não perco o ar pela falta de rádio no carro novo. Acostumei a dirigir sem música ou informação. Se estou dirigindo e quero saber alguma informação, ligo para alguém que tenha rádio no carro e pergunto.

Com relação às músicas, resolvo do meu jeito: canto ou assobio.

Prefiro cantar à noite, especialmente quando estou sozinho no carro e o escuro protege. Ninguém fica olhando com aquela cara de "olha o cara falando sozinho!...".

Porque as pessoas só vêem os lábios mexendo. E acreditam que eu esteja falando sozinho. Às vezes falo, sim, mas não é o caso. É injusto pensarem errado a meu respeito.

Nossa, faço concertos espetaculares! Monto repertórios de Tio Sukita, relembrando velhos sucessos ou músicas do repertório familiar que poucos conhecem. Se não lembro das letras, canto o que vem à cabeça e, às vezes, até dá rima. Canto inclusive ópera (apesar de ignorar italiano).

Durante dia, gosto de assobiar. Sei que um sujeito do meu tamanho fazendo biquinho em congestionamento é uma coisa meio ridícula. Fica parecendo exercício de músculos da face para combater as rugas. Mas, é a melhor forma de não ser pego falando. Dirigindo, ou assobio ou falo.

É claro que há momentos em que perco o controle e bato altos papos comigo mesmo. Busco me controlar, mas às vezes escapa. Quando percebo, logo olho para o lado. E sempre tem algum abelhudo olhando. Viro o rosto imediatamente para outro lado e batuco no painel, balançando a cabeça. Finjo que canto.

Olho de novo. Em geral, as pessoas sorriem. Devem pensar: "é, coitado, cantando na maior alegria e ainda pensam que está falando sozinho".

Puxa, com tanta diversão, para quê rádio no carro?

Maurício Cintrão

Publicado no site
www.geocities.com/anjosdeprata/
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