O ser que não conhecemos, mas amamos.
Onipotente criou a natureza e a vida,
Os mistérios a bondade e o prazer
E perto dele somos pequeninos e incapazes.
Quando crianças aprendemos a conhecê-lo,
Respeitá-lo é natural e quase inconsciente,
Nos momentos de fragilidade evocamos seu nome,
E acreditamos em sua poderosa intervenção.
Não é um ente comum e não conseguimos,
Em nossos devaneios visualizá-lo com clareza,
Seu poder nos leva inconscientemente a temê-lo
Mas queremos amá-lo muito mais.
Está na magia de todas a criação poderosa,
É um gigante mais fascinante que o mar,
Acima do poder e inspiração dos planetas,
E aprendemos que o céu é sua soberba morada.
Os trovões e relàmpagos podem carregar sua autoridade,
As tempestades ilustram sua marca e superioridade,
Mas pode ser tão manso como a chuva amena
E maravilhosamente belo como a natureza.
Senhor de toda a humanidade impotente,
Aceitando terremotos, vulcões e avalanches,
Confia no livre arbítrio dos seres criados,
E é tão manso que também inventou os passarinhos.
Sabe ser autoritário e fantástico
Nas catástrofes terríveis,
Mas é capaz de perdoar,
Qualquer dor que lhe causem.
Contraditório, maravilhoso, arrebatador,
Surpreende nas dores e aflições,
Cria êxtases e prazeres inverossímeis
E proporciona o amor, dons e alegrias.
Deus? Quem é Deus?
É o universo, as plantas,
Os rios, as montanhas.
Deus é vida, Deus é tudo.
Vània Moreira Diniz