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cronicas-->NO PAíS DOS FERNANDOS -- 10/01/2001 - 00:16 (Roberto Carvalho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PAíS DOS FERNANDOS



Os debates seguem agitados, na sessão conjunta do Congresso Nacional. E o senador Honestindo Brígido, centro esquerda, do Partido da Situação Caótica (PSC), discursa, na tribuna do plenário quase vazio. Faz denúncias contra adversários políticos de seu estado - que o dinheiro das frentes de trabalho e da merenda escolar, foi parar no bolso da família do prefeito de oposição. Os recursos destinados à educação e obras de saneamento básico dos municípios tais e tais (cita), desapareceram sem deixar vestígio.
E quebrando o rito formal da Casa, refresca o tom do discurso com a pergunta: "Qual a diferença entre a Carla Perez e Ruth Cardoroso?". Excitante pela resposta, tam-tam, um outro colega de bancada, disse não ter a menor idéia. "Carla Perez, dorme de bunda pra cima, Ruth Cardoroso, com um bundão de lado", sai-se sério, Honestindo. O outro, adverte: "cuidado, com o ex-professor da Sorbonne. A Tropa de Choque do Planalto, tem o ACM de escudo". "O cangaceiro da Bahia?", rir solto o representante pantaneiro. "Isso mesmo! O Lampião da Republica dos Fernandos", responde o outro.
"Fernandos?", quer saber, o senador. "Que memória tem, o brasileiro, ahn? Fernando Collor, Fernando Beira-mar, Fernando H. Cardoso... Quer mais? - Todos iguais", levanta-se da poltrona, o parlamentar dos Pampas. E conferindo a votação em curso "qual o f.d.p. que votou por mim? Lá está, meu voto no painel", exalta-se o senador situacionista. Mas, é contido pela turma do deixa-disso, que já ocupa a parte central do plenário.
Ainda em ritmo de resfestela, a sessão começa a esquentar. Agora é a vez do deputado Bostonário discursar. E ele vai direto à ferida do governo - que o presidente da República é responsável pela roubalheira que inunda o país - envolvido nos escàndalos de corrupção da sua administração fraudulenta, entreguista e vergonhosa. Cita o caso SIVAM (Sistema de Vigilància da Amazónia), que teria desviado milhões de dólares; o rombo do Banco Nacional, com prejuízo de 600 milhões de reais aos cofres públicos; a compra de votos da reeleição do presidente, com as verbas da educação de milhares de crianças analfabetas, exploradas pelo trabalho infantil.
Enfatiza que FHC, é uma fraude contra a população, um fantoche a serviço da elite e dos interesses económicos internacionais. E exemplifica o caso Eduardo Jorge Caldas Pereira, há quinze anos secretário direto de FHC e seu ex-coordenador de campanha eleitoral, como PC Farias, de Collor. Bostonário, solta o verbo, bota a mão na lama podre do governo, sem aparte nem intervenção da Tropa de Choque do Planalto. Chega ao escàndalo do TRT de São Paulo em que, o presidente assinou (sem saber?) liberação de verbas para a obra do Fórum Trabalhista de São Paulo. O dinheiro foi parar nas contas do juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto. Santos Neto, amigo de Eduardo Jorge, secretário de FHC, mandava e desmandava no 3o andar do Palácio do Planalto.
E entra no caso Luiz Estevão - gangster do cerrado - e de uma grande parte de parlamentares do Congresso Nacional, acusados de roubos e corrupção. Com o tempo esgotado, Bostonário, é arrancado da tribuna, à força. Já fora do microfone, grita: "agora que eu ia apresentar requerimento pedindo verbas para meu reduto político, vocês me cortam", ergue o punho, descendo a escadaria. É quando Jader Barbada (PMDB-PA) - grileiro e empresário do ramo da corrupção, intervem: "É mais um maluco, dos muitos que compõem este Congresso - balcão de negócios do poder económico", ironiza Barbarda.


Roberto Carvalho, Jornalista e Escritor

Tel 322-0882 328-6664
* Membro da Associação Nacional de Escritores (ANE),
União Brasileira de Escritores - UBE-PI

PAíS DOS FERNANDOS



Os debates seguem agitados, na sessão conjunta do Congresso Nacional. E o senador Honestindo Brígido, centro esquerda, do Partido da Situação Caótica (PSC), discursa, na tribuna do plenário quase vazio. Faz denúncias contra adversários políticos de seu estado - que o dinheiro das frentes de trabalho e da merenda escolar, foi parar no bolso da família do prefeito de oposição. Os recursos destinados à educação e obras de saneamento básico dos municípios tais e tais (cita), desapareceram sem deixar vestígio.
E quebrando o rito formal da Casa, refresca o tom do discurso com a pergunta: "Qual a diferença entre a Carla Perez e Ruth Cardoroso?". Excitante pela resposta, tam-tam, um outro colega de bancada, disse não ter a menor idéia. "Carla Perez, dorme de bunda pra cima, Ruth Cardoroso, com um bundão de lado", sai-se sério, Honestindo. O outro, adverte: "cuidado, com o ex-professor da Sorbonne. A Tropa de Choque do Planalto, tem o ACM de escudo". "O cangaceiro da Bahia?", rir solto o representante pantaneiro. "Isso mesmo! O Lampião da Republica dos Fernandos", responde o outro.
"Fernandos?", quer saber, o senador. "Que memória tem, o brasileiro, ahn? Fernando Collor, Fernando Beira-mar, Fernando H. Cardoso... Quer mais? - Todos iguais", levanta-se da poltrona, o parlamentar dos Pampas. E conferindo a votação em curso "qual o f.d.p. que votou por mim? Lá está, meu voto no painel", exalta-se o senador situacionista. Mas, é contido pela turma do deixa-disso, que já ocupa a parte central do plenário.
Ainda em ritmo de resfestela, a sessão começa a esquentar. Agora é a vez do deputado Bostonário discursar. E ele vai direto à ferida do governo - que o presidente da República é responsável pela roubalheira que inunda o país - envolvido nos escàndalos de corrupção da sua administração fraudulenta, entreguista e vergonhosa. Cita o caso SIVAM (Sistema de Vigilància da Amazónia), que teria desviado milhões de dólares; o rombo do Banco Nacional, com prejuízo de 600 milhões de reais aos cofres públicos; a compra de votos da reeleição do presidente, com as verbas da educação de milhares de crianças analfabetas, exploradas pelo trabalho infantil.
Enfatiza que FHC, é uma fraude contra a população, um fantoche a serviço da elite e dos interesses económicos internacionais. E exemplifica o caso Eduardo Jorge Caldas Pereira, há quinze anos secretário direto de FHC e seu ex-coordenador de campanha eleitoral, como PC Farias, de Collor. Bostonário, solta o verbo, bota a mão na lama podre do governo, sem aparte nem intervenção da Tropa de Choque do Planalto. Chega ao escàndalo do TRT de São Paulo em que, o presidente assinou (sem saber?) liberação de verbas para a obra do Fórum Trabalhista de São Paulo. O dinheiro foi parar nas contas do juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto. Santos Neto, amigo de Eduardo Jorge, secretário de FHC, mandava e desmandava no 3o andar do Palácio do Planalto.
E entra no caso Luiz Estevão - gangster do cerrado - e de uma grande parte de parlamentares do Congresso Nacional, acusados de roubos e corrupção. Com o tempo esgotado, Bostonário, é arrancado da tribuna, à força. Já fora do microfone, grita: "agora que eu ia apresentar requerimento pedindo verbas para meu reduto político, vocês me cortam", ergue o punho, descendo a escadaria. É quando Jader Barbada (PMDB-PA) - grileiro e empresário do ramo da corrupção, intervem: "É mais um maluco, dos muitos que compõem este Congresso - balcão de negócios do poder económico", ironiza Barbarda.


Roberto Carvalho, Jornalista e Escritor

Tel 322-0882 328-6664
* Membro da Associação Nacional de Escritores (ANE),Sindicato dos Escritores do DF (SEDF)e
União Brasileira de Escritores - UBE-PI

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