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cronicas-->Carta para Irene -- 13/12/2000 - 18:27 (Maurício Cintrão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há tempos estou cozinhando argumentos, frases e sensações para escrever uma carta a uma amiga que adoeceu longe de mim. Os amigos não deveriam fazer isso, mas acabam fazendo. Somos frágeis e ficamos vulneráveis, às vezes. Só acho que deveria existir uma fórmula para impedir que enfraquecêssemos ou nos fragilizássemos à distància de quem se gosta.

Não tenho sido um bom amigo.

Poderia estar ao seu lado desde o início, para apoiar, amparar e, principalmente, fazer carinhos.

Confesso que não sou muito bom com psicologismos. Mas estou vivo e posso muito bem ser útil onde a psicologia sequer ousa tocar. Não sou médico, mas talvez contribua com terapias alternativas que, se não curam, amenizam. Tenho certeza que poderia ser muito útil, agora, que reacendo a grande ternura por você. Mas não consigo me aproximar de você.

Descaminhos e recomeços não são justificativas para que se mantenha a distància. Fiquei longe por uma série de motivos. Mas a distància não pode ser impedimento para o recomeço e, até, para novos descaminhos (por que não?). O fato é que tenho saudade e uma ponta de culpa. Porque estou longe, desencaminhado, em vários recomeços e com uma vontade enorme de chorar.

Você enfraqueceu mas não perdeu a força em mim, amiga.

Essa força é fruto de tudo aquilo que você construiu no meu coração. Foram os seus exemplos que sinalizaram meus próprios descaminhos. Foi a sua ternura que permitiu a descoberta de minha mulher. Foi a sua generosidade que abriu portas para a chegada de meus filhos.

Como posso ficar longe agora? Me diga! Como posso?

Maurício Cintrão
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