O furto consiste na subtração de um bem sem violência à pessoa; o roubo caracteriza-se pela subtração com violência à pessoa; o assalto praticamente é um roubo, pois há violência à pessoa. Esses ignominiosos crimes, acrescidos dos sequestros, relàmpagos ou não, se expandiram com a modernidade, não sendo possível omitir, nesta citação os estupros e a figura penal da pedofilia, a ser encaixada em mais um dos crimes contra os costumes. O que pretendo salientar é a aceitação ou acomodação da sociedade a tais eventos criminosos. Todos ficam horrorizados, todos recriminam, mas não se vê a vontade coletiva de se por fim a tão horrorosos delitos. Quero entender as razões dessa inércia da sociedade, da conformidade com tais situações criminosas, por que não se tomam atitudes, por que não se faz campanha para a extirpação desses anormais procedimentos humanos.
A permissividade dos costumes, o afrouxamento da moral, que não vê inconveniente em nada, que tudo dever ser permitido e nada proibido, pois o homem e a mulher são livres, independentes, "sábios", acredito sejam os responsáveis pela calamitosa situação da criminalidade,urbana, rural, local, nacional, internacional. O abandono da releitura do Decálogo, para não se lembrar diuturnamente que é proibido (é pecado, mas essa palavra deve ser evitada para não ferir a modernidade), furtar,matar, pecar contra a castidade, desejar o homem ou a mulher do próximo, pretendendo ou cometendo adultério, mentir e fazer fofoca a torto e a direita (falso testemunho), desejar ou invejar as coisas alheias, contribui induvidosamente para esse muralismo ou tepidez social. Daí se conclui ainda a desnecessidade de castigos divinos específicos para a humanidade. A humanidade mesma elabora o próprio veneno, e como se passa por cega, surda e muda, procura ingeri-lo com a máxima tranquilidade. Não há necessidade de exemplificar, pois quase todos os prezados leitores já devem ter passado pelos dissabores de serem assaltados, furtados e roubados e se conformaram com a situação. Para que reclamar ? Tais desagradáveis episódios estão fazendo parte do contexto da vida contemporànea e aquilo que outrora, no século passado, seria um pesadelo se acontecesse, no hodierníssimo século XXI está se incorporando aos usos e costumes...
Constatamos, finalmente, que os contemporàneos, na digna vivência do dia a dia, lutam para que angústia não lhes penetre fundo e esperam sejam contemplados com as graças necessárias e suficientes para enfrentar as procelas atuais e iminentes. Cristo já redimiu a humanidade e o caminho dela, direcionado para o futuro, espera-se, não seja tão inquietante e tumultuado, e que nós, da contemporaneidade, ainda tenhamos força e sabedoria na superação de todos os obstáculos.
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