O que noto é que o mundo parece estar angustiado. Não observo alegria nas pessoas, e as conversações em geral se encaminham para queixas, lamúrias e relato de estranhas ou desagradáveis situações. A televisão que parece ser o divino oráculo, pois se encontra em quase todas as casas despejando toneladas de inúteis e nocivos ensinamentos, se mostra conformada e impassível com suas produções espantosas, inéditas. Não vejo sinais de que tudo vai ser diferente, com a alegria estampada na cara dos cidadãos que, em sorrisos manifestos, deixam entender que a felicidade se encontra em simplesmente viver.
A fartura de bens materiais, ou seja aquilo que todo mundo precisa para viver com dignidade e algum conforto, proporcionado pela modernidade, se encontra bem distante da maioria da população. Portanto ela não pode estar alegre como aquela minoria que desfruta de tais privilégios. Com o cansaço da espera de momentos que nunca chegam, é mais do que evidente a eclosão de desànimo, de depressão, de tristeza. O pior é que nós, simples mortais, que diagnosticamos essas evidências todas, não podemos fazer nada, a não ser rezar.
Ninguém então não poderia mesmo fazer nada? É o psilone, o busílis, o x da questão. Todos, em regressão íntima e profunda, sabem que foram criados por Deus e que se seguirem as orientações do Criador, ou seja, observarem os seus mandamentos, não serão abandonados, mas aquinhoados com os bens e graças que necessitam. O que acontecerá, porém, com pessoas que duvidam, não têm ou perderam a fé ? Certamente continuarão do mesmo jeito e com o tempo, evidentemente, mais angustiados. O homem precisa refletir constantemente sobre sua origem e destinação, para não caminhar sem bússola. E nessas reflexões, dedicando-se a leituras evangélicas, com eventuais incursões à filosofia perene, não deixará de concluir da certeza e indispensabilidade da fé. O Criador faz absoluta questão que tenhamos fé. E fé, como diz S. Paulo "é o fundamento das coisas que se esperam e uma convicção das que não se vêem" (Hebr. 11/1).
Concluindo, precisamos deixar de trabalhar para os bandidos: deixar de aceitar as conversas deles; de seguir os seus ensinamentos, regados a todas as marcas de cervejas, em eróticos sensualismos, marginalizando a Igreja e os seus ensinamentos. Procedamos bem: retornemos à s práticas e devoções religiosas que elevam o espírito facilitando nosso diálogo com o Criador e seu Divino Filho. Não se olvidar que o cultivo da espiritualidade cristã é indispensável para que o homem não se deixe abater ante as malévolas, capciosas e frívolas mundanidades, que aumentam em proporção geométrica.
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