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cronicas-->Da arte de suportar a felicidade alheia -- 04/04/2006 - 22:52 (Erbon Elbsocaierbe de Araújo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Da arte de suportar a felicidade alheia.

Fortaleza, 01 de Abril de 2006.



O menino e a Lagartixa.


Alegria é alegria, e enxergar - e sentir -, que as dores do mundo de todo não são más.
É má coisa desejar felicidade só, uma vida sem dor.
Viver com sabedoria é arte muita vez trabalhosa.
Ser capaz de suportar a dor própria e muita vez a felicidade alheia não é tão fácil.
Os felinos possuem qualquer coisa invejável.
A menos que se lhes prendam num saco ou se lhes queira atirar da torre da igreja são seres inabaláveis.
Nenhum ser melhor que o gato nos ensina a lidar com a solidão, e nela ser feliz.
Certa vez estava eu na companhia de uma lagartixa.
Ah! Naquele momento, o réptil era a melhor companhia!
O gato de fé inabalável repousava tranquilo num sofá da sala. A almofada preferida por todos também era a preferida pelo gato.
Foi dado início ao treinamento da lagartixa para a apresentação no circo, ou nalgum programa de televisão.
Não foi tão difícil o percurso do adestramento.
Talvez por medo extremado ou por uma espécie de inteligência de réptil aquele pequeno ser logo aprendeu o ofício de artista de circo.
Ensinei alguns truques como imitar um Tiranossauro Rex e apoiar-se em três membros - ainda possuía os quatro -, por pouco não ficou sem membros.
Com facilidade fingia-se de morta - supunha tratar-se de uma lagartixa fêmea -, era a sua especialidade.
O gato que parecia alheio àquilo, acordou de um sono profundo. Abriu a enorme boca num bocejo sem fim, olhou-nos, empinou as orelhas e de um salto chegou até o sítio de treinamento de lagartixas.
Por alguns instantes observou só. Atento a tudo, olhava o adestramento de lagartixa.
Findada a sessão, alguns minutos de descanso, e uma brincadeira. Decidimos brincar de esconde-esconde - eu, o gato e a lagartixa (àquela altura exausta pelo treinamento, que a sociedade protetora das lagartixas não o saiba, permanecia espichada no chão, feito morta). Decidimos também que ela seria a primeira a esconder-se, e se foi.
Enquanto fechamos os olhos - eu e o gato -o pequeno Tiranossauro Rex sumiu.
- Gato, vai por ali que eu vou por aqui! - Dentro de poucos minutos retornamos para o sítio de treinamento de mãos vazias; olhei para o gato que olhava para mim e indaguei:
- e então gato?
- comi a lagartixa! - lambeu-se, abriu a enorme boca num bocejo sem fim, e retornou para a almofada;
dormiu o sono dos inocentes.
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