Fiquei abismado lendo jornal de 19-5-05, sobre a lei n.11.114 de 17-5-2005, sancionada pelo presidente Lula, determinando que as crianças, a partir dos seis anos de idade, serão obrigadas a se matricularem no curso primário, básico ou fundamental. O Estado cada vez mais se imiscui na educação familiar e sempre para piorar. Haja vista a educação sexual (somente vitoriosa e saudável na opinião dos seus propugnadores), que informando detalhes completamente desnecessários e inconvenientes para crianças e adolescentes (esclarecendo como e quando se usam os preservativos, por exemplo), somente contribui para o descalabro da juventude, indiretamente predispondo-a para o uso de drogas e o florescimento da violência.
Crianças com seis anos de idade, ainda não dotadas do uso da razão, que deve aparecer por volta dos sete anos, segundo cediço e secular ensinamento, deverão passar a receber, a partir do próximo ano, doutrinação do estado laico, redondamente fracassado no sistema educacional, que a duras penas consegue sobreviver com resultados pouco satisfatórios, pois, se o contrário fosse o sucedido, o país seria maravilhoso, ao menos nesse aspecto. Isso revolta a qualquer cidadão de país cristão como o Brasil porque, nas entrelinhas da lei, se nota o seu aspecto socializante, ranço do fracassado comunismo, que pretendia entregar ao controle do "deus estado" , a própria liberdade individual e familiar. O comunismo morreu, com a derrubada do muro de Berlim, mas os seus tentáculos procuram sobreviver, graças à ignorància religiosa, a miséria económica dos indivíduos, à degradação da moral e dos bons costumes.
A socialização da família vem de há muito, durante quase todo o século XX em que prosperou a doutrina marxista, face evidentemente, o encantamento dos intelectuais da época (tenho certo escrúpulo em usar palavras que os líderes e seguidores dessa ideologia até hoje continuam a usar, como elite, burguesia, desigualdades, proletariado, comunidade etc. etc.), seguramente por adotarem filosofias esdrúxulas, representadas sobretudo pelo positivismo de A. Comte. Os amasiados, ou amancebados os concubinos, que antigamente andavam fora da lei, de mansinho, sem nada fazerem ganharam "status" com a Constituição Cidadã de 1988. Podem vir a constituir a chamada união estável, após cinco anos de vivência em comum e usufruem série de regalias e proteção legal. À sorrelfa, seguindo rigorosamente a lei do menor esforço - apanágio da desfibrada e comodista sociedade- os socializantes de plantão procuram insistentemente implantar a "práxis" das ideologias que professam, tentando em vão igualar o inigualável e tolamente tentar extinguir as desigualdades. Essa lei infeliz que antecipa a idade para início do curso primário fundamental é mais um ataque à cristã e tradicional família brasileira que esperamos, com todo o ardor, venha resultar em retumbante fracasso.
Visiste meu site:www.domusaurea.com.br