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cronicas-->O Dia "D" -- 17/03/2005 - 14:40 (Mesaque Severino dos SAntos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Surgiu de repente, como que saindo do nada, espreitou a noite escura, barulhos, luzes, pisadas, aquilo tudo zunia na sua cabeça, quanto tempo recluso em seu mundo, longe de todos e de tudo, mas enfim livre, quanto que preparou para esse dia, o dia "D". Espreita pela fresta do bueiro, como mudou a cidade, não é mais a mesma, tudo mudou, a cidade ficou grande e a sua entrada naquele novo mundo será espetacular.
Os anos de cativeiro foram moldando o seu corpo, adquiriu uma força sobrenatural, o tom da sua pele foi mudando gradativamente com o passar dos anos. Seu olfato aprimorou-se, sua visão refinou, sua audição tornou-se sensível, seu paladar mudou muito, pela grande escassez de alimentos, começou a mudar os hábitos alimentares e com o tempo tudo que tem carne, sangue, cartilagens, peles e couros serviam como alimentos, e saboreava com sofreguidão os diversos tipos de animais, répteis, insetos e tudo que surgia pela sua frente.
Caminhava curvado, olhando em volta a todo o momento, a lua tinha escondido em uma grande nuvem, viu um indivíduo caído na calçada, sua mão ágil tateou o cidadão que se encontrava embriagado, sentiu o cheiro do sangue vivo, o coração da sua vítima palpitava nos seus dedos, sua mão envolveu o seu pescoso e começou a pressionar com calma, o bebúm começou a gritar e como que do nada surge uma viatura, dois soldados armados com suas respectivas armas, um deles deu voz de prisão, a criatura virou, fitou-o, o soldado assustou com a feição daquele monstro. Deu vários tiros, um no peito, outro na cabeça e outro na perna direita, o sangue esguichou longe, quente, vermelho, seus passos ficaram cambaleantes, suas vistas escureceram, o outro soldado aproveitando do momento de indecisão da vítima, também tirou sua AR 15 e pipocou a cabeça daquela mistura de gente com réptil.
Não saiu voz, apenas um grunhido estranho, agachou e procurou o bueiro de onde saiu, os soldados olhando, e ele penetrou pelo bueiro escuro e desapareceu no abismo, cidade grande, tudo mudado, tudo transformado, voltou para seu mundo pequeno, seus insetos, seus animais, sua paz, sua calma, e cada passada, mais distante ficava o barulho daquele inferno de cidade grande.

Autor: Mesaque S. Santos
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