acima dos luminosos dos Bancos,
acima dos heliportos dos grandes prédios,
é mostrado aos habitantes, nas varandas dos
grandes hotéis,
a força da natureza...
inabalada pelo progresso,
alheia a toda a movimentação dos homens,dos
relógios, do trànsito...
o sol se retira impune,
sorrateiro, desapercebido...
e as nuvens negras vão aos poucos transformando o
dia em noite...
e a tranquilidade em desespero...dos moradores
sujeitos aos focos dos "dilúvios modernos"...
e até aqueles que nada tem... perdem tudo, na
força das águas descontrolada...
os políticos nesse momento deixam seus gabinetes
em debandada...
alguns poucos, menos inconsequentes, se
solidarizam da população,
lançam promessas que nada resolvem,
mas, calam diante de tanta estupefação...
outros fogem aflitos enquanto suas cadeiras
queimam os próximos votos...
em poucos momentos, a cidade é vista por todo o
país nos noticiários,
e os políticos?! ... em lugar algum...
as nuvens se desmancham,
o sol volta a expiar ainda tímido, depois do
estrago feito...
o trànsito pára em todo lugar,
ao contrário dos relógios que correm, em direção
a noite,
deixando a população desabrigada desnorteada...
sem teto, sem agasalho, sem alimento,
sem esperança, perspectiva ou solução...
enquanto os políticos voltam ao cenário, com vagas
informações, promessas desmedidas e um brilho
novo lustroso nas faces...
população... Até as próximas chuvas...
BOA NOITE!