Nos tempos de hoje , de intensa preocupação económica (dinheiro, empréstimos, emprego, etc.), quando se fala em último ceitil, a grande maioria vai pensar que se trata da última prestação do consórcio de 50 meses ou do financiamento do carro (36ª parcela) ou coisa semelhante. Até que a reflexão não está de todo errada, porque os donos do dinheiro - com as exceções de praxe -, não perdoam nada (haja vista as dívidas dos países emergentes) e assim o simples cidadão , como não pode suar sangue, por possuir um razoável sistema circulatório, é contemplado com outros problemas de saúde: pressão alta, diabetes, aumento de colesterol et caterva que, talvez, só poderão desaparecer quando ficar livre dos seus "queridíssimos" credores...
Nós, cristãos que somos, se não aprendemos nada ou quase nada, com as homilias dominicais, ao menos lendo as Sagradas Escrituras - vez ou outra -, assimilamos alguns ensinamentos , como aquele do sermão da montanha (o perdão das injúrias), onde se aconselha se faça a reconciliação com o adversário, enquanto é tempo, pois, caso contrário, se levado à juizo , o devedor poderá ser conduzido ao cárcere, de onde não sairá até ter pago o último ceitil. Dom Duarte Leopoldo e Silva, na Concordància dos Santos Evangelhos , vê nessa passagem, referência ao purgatório, pois todas as consequências do pecado devem ser expiadas totalmente antes de se chegar ao céu.
Aí está a importància de pagar o último ceitil. Procurar em nossa passagem sobre a terra, deixar o nome limpo, não no serasa, spc et caterva, mas no livro da vida, onde devem constar o registro de todas as boas e más ações praticadas. O pecado, se por acaso e por fraqueza nos subjugou ou vier a nos subjugar, eventual e momentaneamente, deve ser expulso quanto antes através da confissão e, então, lembrando-nos do último ceitil, devemos providenciar as devidas reparações de forma adequada. Ainda por sermos cristãos, não nos devemos deter nas considerações sobre os odiosos caminhos do pecado, mas como sal da terra e luz do mundo devemos nos soerguer e procurar o caminho da virtude e do bem.
Somos um povo redimido, como diz a canção sacra e inflados pela graça santificante, generosamente outorgada pelo Senhor, devemos caminhar com entusiasmo e coragem, deixando de lado as barbaridades e invencionices do partido de "oposição". Não são 2000 anos de cristianismo em vivência puramente celestial. Desde os mártires do Coliseu romano, a história nos revela as tremendas lutas e as constantes oposições das forças contrárias que nunca deixaram de existir. Portanto , não será neste século XXI e seguintes que os seguidores de Cristo ficarão acomodados, debaixo de um céu azul estrelado, aguardando a chamada para a eternidade.
A paz e a felicidade do cristão consistem em ter a consciência que está travando o bom combate . Essa alegria é maior do que tudo, principalmente quando ele sente que a fé, a cada dia que passa, se encontra mais robustecida.Visite o meu site: www.domusaurea.com.br
