Volta e meia deparamos com indagações contundentes ou decisivas. O célebre to be or not to be pode ser imitado, questionando-se inesgotável e exemplificativamente: fazer ou não fazer, querer ou não querer, brincar ou não brincar, ler ou não ler e assim por diante. Ler é necessário, pois através da leitura nos abeberamos de conhecimentos quiçá ignorados - nos instruímos, portanto -, ou nos confortamos com belos pensamentos e exemplos.
Se compararmos a leitura com a alimentação - em cediça alegoria -, nota-se que ela é pábulo espiritual. Como os alimentos precisam ser selecionados e limpos, as leituras devem ser sadias, ricas espiritualmente, de proteínas, vitaminas e não apenas abundantes, descontroladas, impróprias ou venenosas. (Não temos a liberdade de nos alimentar mal, pois violaríamos a lei biológica da conservação da espécie). Há o perigo de intoxicação espiritual e o bacilo do cólera - o vibrião colérico poderá ser encontrado motivando a doença e a eventual epidemia, não mais no ventre, mas nas mentes e corações.
Hoje, com o aperfeiçoamento gráfico, superabundam livros, revistas, jornais. Infelizmente, a imensa maioria traz a impropriedade e o veneno letal para o espírito. Aí estão as crises multiformes, guerras, terrorismos, crimes et caterva para comprovar Os bons livros, os excelentes alimentos do espirito - neste mundo insano e agitado -, se encontram em grande parte esquecidos, dormentes em estantes ou bibliotecas, Ã espera de homens inspirados, prontos a ressuscitarem-nos ou desarquivá-los, colocando-os ao alcance de todos. Outros muitos existem - de autores probos e responsáveis - na expectativa de virem a lume, tão logo cessem a importação e a produção de obras nocivas e deletérias, como aquela indicada acima.
Ler ou não ler é mais uma questão opcional para valorizar a genuína liberdade, apanágio dos seres racionais. Quando teremos consciência de ascender em saudável e dignificante cultura e de formar e instruir a população, as gerações futuras?
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