Para os democratas a ditadura é malvista, pois o Poder Legislativo é suprimido e exercido pelo próprio Executivo. O povo, porém - lembramo-nos da ditadura Vargas -, vive indiferente a essas questiúnculas de concentração de poder. Referimo-nos, porém, à ditadura como autoritarismo, predomínio ou exclusividade. Quanto à essa conceituação, quer-nos parecer, a maioria é contra.
Realmente é duro, desagradável, ter de suportar os autoritários, os prepotentes, os ditadores. Todavia, não podemos escapar totalmente dessa realidade. Em todos os segmentos da sociedade sempre aparece um ou vários prepotentes (Deus nos acuda) e temos de engolir as barbaridades, asnices e miscelàneas desses tais, tidos como superiores ou privilegiados.
Focalizando melhor a objetiva, porém, cinjamo-nos ao autoritarismo dos velhos e dos jovens. Os velhos com suas manias, anquiloses --blablabla etc, num país de moços, são figuras maçantes, muitas vezes difíceis de serem suportadas entre si mesmos. Os jovens - em posicionamento antagónico - se espalharam por todos os cantos, abocanharam na sociedade os lugares que os idosos desocuparam extemporaneamente e implantaram a ditadura imberbe.
E agora como contornar o impasse?
Qual a melhor ditadura: dos jovens ou dos velhos? Nós outros que nos esforçamos para manter a neutralidade ( em cima do muro, num linguajar da moda), achamos intragável ambas as ditaduras. Lastimável é observar velhos muquiranas, obsoletos, fossilizados, querendo se passar por moços. Os jovens dominando quase tudo (uma das exceções era a diretoria da Fifa), obrigam-nos a suportar os seus gostos em pensamentos, palavras, obras e omissões, talvez isso representando, ao final, um rejuvenescimento, no fundo sempre desejável!?...