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cronicas-->A fé de Félix -- 05/07/2003 - 18:19 (Felipe Cerquize) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O brasileiro acorda e vai para o trabalho. Um trabalho onde o limite superior é a produtividade. Fazer o máximo no menor tempo possível e com eficiência. O limite inferior, sem dúvida, é o quanto recebe para que as coisas sejam assim, do jeito que quem lhe emprega deseja.

Por exemplo, nos últimos doze meses, a inflação, por alguns índices, ultrapassou os 20 porcento. Se você indicar uma empresa que tenha dado reposição salarial nesse nível percentual, eu afirmarei que você é um grande mentiroso.

Mas Félix não estava nem aí. Era um cara feliz. Ganhava pouco, mas se divertia muito. Saía do trabalho e ia direto para o bar tomar umas cervejas. Traía a patroa com uma colega de trabalho na maior naturalidade e ainda contava para todo mundo, porque macho que é macho faz assim.

Quando se arrependia de alguma coisa que havia feito, arrumava uma igreja e passava a frequentá-la, até que sua consciência ficasse tranquila de novo. Comeu muita hóstia na Igreja Católica. Foi a diversas sessões de descarrego na Igreja Universal. Foi expulso da Igreja Pentecostal, porque mostrou o dedo máximo para o pastor. A única certeza que tinha era de que todas as igrejas que frequentara tinha Cristo como principal referência e, por isto, decidiu tatuá-lo no braço.

A fé de Félix é igual à de milhões de brasileiros, que aprenderam a inventar a felicidade e a driblar a fome do corpo e da alma.
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