Usina de Letras
Usina de Letras
29 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63136 )
Cartas ( 21349)
Contos (13299)
Cordel (10355)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10647)
Erótico (13588)
Frases (51619)
Humor (20167)
Infantil (5584)
Infanto Juvenil (4929)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141264)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6344)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Amores perdidos -- 01/09/2000 - 09:54 (Maurício Cintrão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desamou? Tá difícil?
Ah, não liga. Isso passa!
Minha avó falava: "antes de casar, sara".
O amor tem dessas coisas.
Na verdade, ele mesmo, coitado, não tem culpa de nada.
O amor é uma instituição, um conceito.
É um carro. Um veículo que transporta corpos, idéias e sentimentos para lá e para cá. Como todo o transporte, também tem seu índice de insegurança. Aqui ou ali, dá trombadas. Algumas são suaves e nem incomodam. Outras, são verdadeiros engavetamentos. Mas a culpa dificilmente é dele, do amor (como nos acidentes automobilísticos não costuma ser do veículo). Na maior parte dos casos, as trombadas do amor têm origem na imperícia ou na imprudência dos amantes-motoristas.
As pessoas amam e deixam de amar e creditam ao amor suas felicidades ou agruras. Não, não, não. O amor não tem esse poder. É como culpar a arma pelo crime. Somos clientes do amor e não cativos de suas supostas grades. Usamos suas propriedades. Se amamos bem ou mal, vibrando, fremindo ou simplesmente indo, como se fosse carona, ah, isso é problema nosso.
Às vezes pegamos caminhos errados, ou fazemos desvios, querendo fugir dos pedágios da viagem de amar. Nem sempre dá certo. Acabamos parando em uma estrada vicinal esburacada, com o amor quebrado e sem socorro mecànico (ou guincho romàntico).
Não pense que amar é dirigir o amor a dois, que, se não dá certo, um dos pilotos falhou pelo outro. Bobagem! O amor é solitário, único e exclusivo. Cada um tem o seu e dirige como consegue, como pode, como der.
Concordo que há casos de pessoas capazes de amar um, dois, três amores ao mesmo tempo. Até se dão bem. Existem histórias de pessoas que conseguem dividir-se prazerosamente em grupos de amor. Um homem e várias mulheres ou, como nesse filme que está passando por aí, de três homens dividindo a mesma mulher amada. Ainda assim, é amor individual dividido, trocado, multiplicado, subtraído.
Ninguém ama no plural. Nem mesmo aqueles que entregam seu amor para o mundo. Você pode amar um povo, um grupo, um ajuntamento. Mas vai dirigir amor individual a eles. Mesmo porque, você não é mil, não é cem, nem dois. O ser é uno, o amor é uno e Átila era uno, não deixando pedra sobre pedra.
Talvez por isso, o fim de um amor seja tão complicado.
É cidade destruída pelo bombardeio do desentendimento.
Mas se até países inteiros puderam ser reconstruídos depois das guerras, porque um amor perdido não pode ser remediado?
Pode sim. Depende de tempo, apenas. Ou de um novo amor. Ou de um bom empreiteiro.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui