O noticiário constante sobre apreensão de drogas (maconha, cocaína etc.), crimes e processos decorrentes do uso e consumo crescentes de entorpecentes, das mais variadas espécies, explora um capítulo das piores mazelas do século XX e deste início de século. Diante do fato consumado, torna-se inútil se debater estatísticas ou historiar acontecimentos com a magia dos relatos empolgantes ou melodramáticos. Imprescindível sim, se conhecer as causas que originam a tragédia e colocar a "tranca na porta" ou levantar as muralhas inquebrantáveis, onde o inimigo estrebuchará, na agonia idealizada pelas mentes - quiçá e eventualmente - , possuídas pelo espírito de vingança ( o que não seria cristão)...
Onde estarão essas causas? Por que o indivíduo se droga? A minúcia multifária das razões individuais pode ser reunidas, a nosso ver, em dois grupos: primeiro, desconhecimento ou não-crença em Deus e a consequente falta de idealismo ou de objetivos para a vida; segundo, busca exagerada do prazer para o desenfreado gozo de todas as sensações imagináveis e inimagináveis. Não acreditar em Deus ou ignorá-lo, realmente, pode desequilibrar qualquer pessoa. Existem ateus bem-estruturados (graças a Deus) e que se justificam com as diversas teorias existentes, todas com real - mas insatisfatória conclusão - para aqueles que aspiram a continuidade da vida após a morte. Mas, jovens despreparados, sem o carinho da família, com os conflitos da adolescência ou com a miséria pela frente, indubitavelmente podem partir para o consumo das drogas, na ànsia de tentar se libertar da angústia física ou metafísica que os perturba avassaladoramente. O segundo grupo dos viciados - que também deve ignorar a presença de Deus - se empenha na busca ilimitada do prazer. Bebida e sexo sob todas as formas, gostos e misturas. Esgotada essa taça insaciável, surgem as alucinações das drogas, as fantasias do consciente e do inconsciente, a serem atingidas como ápice do gozo supremo. Arrebentando os lindes do condicionamento físico e psíquico, essas criaturas tornam-se farrapos humanos, a quinta essência da podridão e da indignidade.
Deus nos livrou desses escabrosos caminhos, porém, milhões de pessoas, jovens - principalmente - , foram sugados pelos tentáculos desse monstro infernal. Temos de fazer alguma coisa para que a juventude contemporànea abandone, evite ou proteja-se contra a alarmante calamidade. Induvidosamente nos socorreremos dos princípios cristãos e propagaremos o uso imprescindível da higiene mental, submetendo os já viciados aos tratamentos de recuperação, sempre com fé e esperança porque, para o Criador de todas as coisas, nada é impossível.
