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cronicas-->cronicas da minha AldeiA III 12-O Rádio de Pilha pilha -- 24/06/2003 - 15:13 (pedro marcilio da silva leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Rádio de Pilha


O irmão mais velho do Anhinha e do Paulinho,o saudoso Vinicíus, era casado com a Alaíde que tinha um irmão que morava com eles. Esse cunhado do Vinícius que a gente chamava de Nilton Fofoquinha, tinha uma relação com um radinho de pilha japonês que só não era mais estranha que a do homem com a melancia.
Para onde fosse,lá estava ele com seu radinho, colado na orelha. Naquela época,um radinho de pilha japonês era como um celular nos primeiros tempos:o sonho de todo mundo. E era caro.Foi preciso que ele se tornasse quase um alcoólatra para comprar o seu primeiro radinho, por conta de juntar todo o dinheiro necessário
trabalhando numa engarrafadora de cachaça. Ele ouvia de tudo.Até que certo dia, passando pelo atalho de um terreno baldio ao lado da casa do Paulinho Palito, a esquina da Rua Conde de Porto Alegre com a Rua Chaco, um amigo do alheio o assaltou,levando a sua paixão. Era muito triste ver o Nilton Fofoquinha , passando nos dias
seguintes, como se estivesse segurando o radinho e ouvindo seus sonhos.
Sempre aos domingos, passava um sujeito pela Rua General Càmara,carregando uma melancia como se a estivesse ouvindo.
Um belo dia,ele passava sem a melancia, embora mantivesse a mesma posição do braço como se a ouvisse ou apenas a carregasse. Todos ficamos com a sensação que a haviam roubado
e ele ainda não havia se apercebido.Parecia até o Fofoquinha.
Na Rua Conde de Porto Alegre,quase na esquina da Rua Tuiuti, havia uma engarrafadora da Cachaça Paraíba de um tal de Zé Canabarro, onde o Nilton Fofoquinha, o Nilo e o Paulo Tartaruga foram trabalhar.Como era uma engarrafadora sem grandes tecnologias, o processo de engarrafamento era bem simples. Através de mangueiras que ficavam em grandes tonéis e
eles sugavam com a boca para despejar a guardente nas garrafas. Em seguida, eram chapinhadas numa máquina manual e rudimentar.
Este processo,invariavelmente ,os deixava ao final de cada jornada de trabalho, embriagados.
É triste saber que o safado que assaltou o Nilton Fofoquinha levando o seu radinho japonês,nem levou em consideração as vezes que ele queimou o pé para adquirir seu sonho.
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