COSTAS, Orlando E. – Hacia una Teología de la Evangelización. Buenos Aires: La Aurora, 1973, p. 131-149.
Num artigo que está contextualizado no começo da década de setenta, Orlando Costas faz sua leitura da realidade eclesial baseando-se na expansão e direcionamento que a Igreja vinha apresentando. Muitos jovens em contato com o mundo inovador e cheio de novidades, estavam deixando a “casa do regresso”. Na visão modernista do mundo hodierno é preciso movimento para frente, progresso para que se tenha mais, com mais beleza e fartura, não importando de que forma isso se suceda. Então, como apresentar novas idéias, reflexões para um fim de século e milênio a uma igreja desgastada e desacreditada, sendo que a mentalidade aponta para um mundo mais místico, mágico. Como apreciar o novo contexto, fazendo com que a salvação eterna de Cristo, seja fator construtor de uma nova sociedade, de um novo mundo?
Vejamos algumas sugestões que o autor nos apresenta:
Durante toda a história que verificamos na Bíblia, percebemos que Deus apresentou um plano para a humanidade, um plano onde um povo escolhido levaria sua vontade ao estrangeiro, ao necessitado. O processo transitório dessa missão é que faz com que a Igreja seja o povo de Deus. Contudo, a Igreja também é sugerida como corpo de Cristo. Ela é vista como uma corporação. Tendo Cristo como o cabeça, aquele que define sua conduta ética, fazendo com que a igreja exerça uma atividade funcional, ou seja, o que o autor chama de catolicidade, que é a abertura a todos, e apostolicidade, ide a todos, de todas as formas possíveis. A idéia de Igreja como templo do Espírito Santo, vem fechar o tema que aponta para uma trindade em movimento. Que cuida em colocar no coração daqueles que fazem parte deste corpo, o impulso em missionar. Temos estudado que as ações religiosas tendem a se institucionalizar, com a Igreja Cristã não foi diferente. Entretanto, ela assume sua missão contextualmente. Refletindo as ordens expressas na Palavra de Deus. Obedecendo a essas ordens, caracteriza-se o propósito missionário da Igreja, é o ide e pregai fazendo discípulos. A missão não é somente pregar o evangelho, mas também gritar face às situações contrárias à vontade divina. É apontar para a vida em Jesus. Essa é a função profética da Igreja. Outra vez vemos no contexto a ligação que serve para impulsionar a mensagem; é o motivo para uma palavra frente às situações de gratidão e testemunho das experiências vividas na ótica do novo Reino. Juntamente com o profetismo da missão, vem a característica sacerdotal da Igreja, que tem “um caráter litúrgico, intercessório e representativo”.
Finalmente, a realidade existencial que a missão enfrenta, é apresentada frente à uma visão de reino escatológica, apontado para um conduta regida pela santidade, pela cruz. Jesus Cristo é o centro movedor da missão e também seu próprio fim. Logo, a Igreja tem como agente evangelizador o próprio Deus, visto em Jesus Cristo e experimentado na ação confortadora do E.S. .