
Prefiro encontrar-me com um homem ou uma mulher, que carrega um crucifixo no pescoço, a deparar-me com outro, com uma arma não mão. Prefiro as pessoas que repetem a palavra “ Jesus”, cinqüenta ou mais vezes por dia, àquelas que praguejam ou invocam o nome de Satanás, mesmo que seja uma vez só.
Rezando cinqüenta ave-Maria cheia de graça, digo uma vez por mim mesmo e quarenta o nove por aqueles que não amam a Mulher cheia de graças que esmagará a cabeça de Satanás(Gn 3,15; Luc. 1,26-28)
Nas ave-Marias que rezo,eu saúdo a mãe do Senhor e tento convencer a mim mesmo " De onde me vem a honra de vir a mim a mãe do meu Senhor, (Lc.1,43), senão da graça de Deus.
Além disso, o próprio Jesus nos ensinou a rezar o Pai Nosso, (6,9-13) e como só nos ensinou esta oração,embora o Espírito Santo, constantemente nos ensine a orar. (Rom 8,26). Vimo-nos na condição de repeti-la sempre que nos dirigimos a Deus e nos lembrarmos daquele que nos mandou dizer"Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino; e seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam, e não deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. (Mt 6,9-13).
Então, eu quis dizer ao Senhor: “ Mestre, existem muitos dos nossos criticando a repetição de palavras, por causa do que disseste: “ Em vossas orações não multipliqueis palavras,como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras”. ( Mat. 6,7) E Jesus disse a meu coração: “Errais não compreendendo essas coisas. Quando eu disse não multipliqueis palavras, eu não estava me referindo à repetição delas, mas para não rebuscar frases bem elaboradas, na intenção de me persuadir pela eloqüência de seu discurso. Como está escrito: “ Vós sois pesados ao Senhor com vossos discursos”. (Mal.2,17). Acaso, não fui eu que determinei a meu servo Joseph Ratzinger o assentamento no novo Catecismo:
“ A invocação do santo nome de Jesus é o caminho mais simples da oração contínua. Muitas vezes repetida por um coração humildemente atento, ela não dispersa numa torrente de palavras”. (Mat 6,7; Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 2668).
“ Numerosos cristãos, como Joana d’Arc, morreram tendo nos lábios apenas o nome de “Jesus”. ( CIC § 435 in fine)
Não é pelo conhecimento da ciência que não compete a todos, nem pelo profundo conhecimento dos mistérios salvíficos da cruz, que nem todos atingem, mas pela misericórdia de Deus e pela fé em seu filho Jesus Cristo, que alcançaremos em Cristo a salvação de nossas almas.
“ Quem crer e for batizado será salvo”. ( Mac 16,16)
“ Atua fé te salvou”.( Mac 10,52)
Ainda no Velho Testamento, se acha escrito pelo dedo de Deus:
“ Precavei-vos de tocar em quem estiver assinalado com uma cruz”. ( Eze 9,6)
Talvez por causa desta palavra, desde menino, aprendemos que o demônio foge da cruz, e por isso a usamos para afugentar o mal.Não por causa do poder da Cruz, mas por causa do poder de Jesus que morreu na cruz para nos salvar.
Minha cruz não é penduricalho, não a uso como bijouteria para adorno do corpo. A minha cruz é meu sinal de pertença ao Senhor Jesus.
Adalberto Antônio de Lima
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