[...] Jesus aceitou passivamente sua cruz, e como uma ovelha levada ao matadouro, não levantou a voz, nem mesmo para se defender das falsas acusações que lhe faziam.
Na Última Ceia antes de seu Calvário, disse a seus discípulos: " Há muito tempo desejei comer esta Páscoa convosco", em alusão à sua morte de cruz e ao Sacrifício a que se submeteria para salvar o homem.
Não há nenhum masoquismo nessa expressão, pois o desejo não era de morrer, mas de salvar, mesmo que para salvar, tivesse que morrer.
[...] Em todas as missas celebradas nas mais diversas partes do mundo, Jesus se oferece em Sacrifício Perpétuo, para salvar a humanidade individualizada de cada um de seus filhos. E o milagre da Última Ceia se repete: " ISTO É MEU CORPO, entregue por vós". Ele não disse, isto representa. Ele disse "ISTO É MEU CORPO".
"Não podendo compreender os mistérios que se encerra nessas palavras, "não ponha em dúvida se a hóstia consagrada é ou não o Corpo de Cristo, aceite com fé as palavras do Senhor, porque ele, que é verdade, não mente” (São Cirilo).
[...] Deixe Jesus na cruz onde está. Ele está lá em teu lugar. Se tens a pretensão de retirar Jesus da cruz, que tenhas também a coragem de ficar no lugar dele.
A cruz não ficará vazia, mesmo que retires Jesus de lá, pois há sempre um Jesus sendo sacrificado a cada dia, na consagração do Pão e do Vinho e no corpo imolado de um inocente.
