Sendo Quirino, na Síria,
Governador da nação,
O imperador Augusto
Fez uma convocação,
Pedindo recenseamento
De toda a população.
Todos então deveriam
Cada um se apresentar
Na cidade de origem
Para ali se alistar,
Era decreto do Império,
Ninguém podia faltar.
Como José e Maria
Eram pessoas de bem
Subiram de Nazaré
E foram para Belém,
Cidade do Rei Davi
Para se alistar também.
Completou-se aí o tempo
Da gestação de Maria
Que seu Filho deu à luz
Numa pobre estrebaria,
Pois outro lugar melhor
Para eles não havia.
Ali por perto, no campo,
Achavam-se alguns pastores
E um anjo apareceu-lhes
Repleto de esplendores,
Envolvendo-os de luz,
Mas causando-lhes temores.
O anjo assim lhes falou:
- Deixai de tanto temor;
Na cidade de Davi
Nasceu hoje o Salvador,
O Messias esperado,
Que é o Cristo Senhor.
Eis que vos dou um sinal
Para que o recém nascido,
Quando vós o procurardes
Possa ser reconhecido:
Está numa manjedoura
Todo em faixas envolvido.
Nisso milhares de anjos
A este foram juntados;
“Glória a Deus nas alturas”,
Diziam em altos brados,
“E na terra paz aos homens
Que por Ele são amados.”
Então aqueles pastores,
Antes de raiar o dia,
Foram depressa a Belém
Cheio de grande alegria
E acharam o Menino,
Junto com José e Maria.
Puseram-se a contar
O que se tinha passado,
Como acerca do Menino
O anjo lhes tinha falado
E todo aquele que ouvia
Já ficava admirado.
Maria, silenciosa,
Prestava toda atenção
Às palavras dos pastores,
Guardando-as no coração
Para mais tarde fazer
A sua meditação.
Tudo igual dissera o anjo,
Os pastores constataram
E bastante satisfeitos
Para casa regressaram,
Glorificando a Deus
Pelo que lá presenciaram.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
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