Eu te perdôo,
Porque o perdão me leva a enxergar
A vida pelo ponto de vista de meu oponente!
Eu te perdôo,
Ainda que você tenha o sentimento
De que esteja com a razão!
Eu te perdôo,
Porque perdão é ato voluntário
Que nos faz morrer para nós mesmos!
Eu te perdôo,
Porque perdão é deixar escorrer entre os dedos
Toda vingança, gota após gota!
Eu te perdôo,
Porque perdão é assumir o ônus da perda
E dar a alguém a oportunidade de tentar de novo!
Eu te perdôo,
Porque é momento onde se sente
Que poderia ganhar e se escolhe perder!
Eu te perdôo,
Não porque seus argumentos me convençam
Mas porque o ato de perdoar vai além da razão!
Eu te perdôo,
Porque perdão ultrapassa o domínio da lógica
E revoga a dívida do erro cometido!
Eu te perdôo,
Porque o dom da vida
É muito maior do que a vingança!
Eu te perdôo,
Porque perdão é perder para se ganhar
E é morrer para se viver!
Eu te perdôo,
Porque Jesus ao olhar daquela rude cruz
O grande equívoco cometido pela humanidade,
Bradou: Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem!
Todo gladiador levava consigo pequeno punhal chamado “misericórdia”. Quando imobilizava seu adversário, voltava-se para o imperador, que assistia ao espetáculo na tribuna de honra, e esperava por um sinal. Se negativo, executava o adversário utilizando aquele punhal. Se positivo, poderia optar por deixá-lo viver, caso seu oponente lhe pedisse clemência e “misericórdia”. Muitos vencedores optaram pelo perdão ao invés da vingança! Talvez fosse interessante olhar o mundo à nossa volta com mais clemência, possivelmente veríamos em nossos semelhantes a nossa própria imagem refletida como a que se vê em um espelho!