Conferência Nacional dos Bispos do Brasil tem novo presidente
D. Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo nomeado para Mariana
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INDAIATUBA, quinta-feira, 3 de maio de 2007 (ZENIT.org).- D. Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo nomeado para Mariana (Minas Gerais, sudeste do Brasil), foi eleito com 92% dos votos do plenário da 45a assembléia geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), na manhã desta quinta-feira, o novo presidente do organismo episcopal, em sucessão ao cardeal Geraldo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador.
Também foi eleito, com 219 dos 273 votos válidos, D. Luiz Soares Vieira, arcebispo de Manaus, como o novo vice-presidente da Conferência Episcopal.
D. Geraldo Lyrio assume a presidência da CNBB em um momento significativo para a Igreja no Brasil, que se prepara para receber, na próxima semana, Bento XVI e também hospedar a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe. Seu mandato será de quatro anos.
Nesta sexta-feira, os cerca de 330 bispos em assembléia elegerão ainda o novo secretário-geral do organismo episcopal, cargo de gerenciamento efetivo da CNBB, ocupado até o momento por D. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo.
D. Geraldo Lírio referiu a Zenit a dimensão de sua nova tarefa apostólica.
“Tenho consciência de que a responsabilidade colocada sobre os meus ombros é imensa, mas eu confio muito na graça de Deus”, disse.
“Sei que, se eu fui chamado para prestar este serviço à Igreja, eu receberei também d’Aquele que me chamou a força, a luz, a graça.”
Segundo o arcebispo, que também desempenha o cargo de vice-presidente do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano), “assumir a presidência da CNBB não é exercer um cargo ou um poder, mas sim assumir um serviço à Igreja”.
Trata-se de assumir um serviço “ao Reino de Deus, ao Evangelho, aos irmãos e irmãs, aos que crêem e aos que não crêem. Serviço a todos, sem distinção, especialmente aos pequenos, aos pobres, aos que sofrem”.
Dom Geraldo Lyrio afirmou ainda que “a Igreja tem de ser sempre mais esta samaritana que vai ao encontro de todos aqueles que necessitam do gesto amigo, fraterno, solidário, para que os que estão caídos possam se levantar”.
“É nesse desejo de servir que eu aceitei esta indicação, agradecendo muito aos meus irmãos no episcopado, que me elegeram. Se a eleição foi quase por unanimidade, o mérito não é meu, mas da CNBB, ou seja, é da comunhão que existe entre os bispos, do desejo de caminharmos juntos”, disse o arcebispo.