Trabalho em Hospital. Um Hospital que fica entre dois morros. Duas facções. Opções? Nenhuma.
São nossos vidros rachados e perfurados. Paredes esburacadas. Tênis A. R. – N º 15. Fuzis. Metralhadoras. Crianças são máquinas armadas.
Sair? Não pode. Tiros à longa distância. Ficar! Ordem de Comando. Fechar! Ordem do Dono. Mandou, mandou. Acabou e pronto! É agora. Fecha o comércio. Some o povo...
Os pacientes!... E o berçário? Está na reta. No meio do alvo. E os nossos quebrados? Emergência!? ... Socorro, Doutor! Emergência!...
É tudo que temos de segurança. É só o que podemos falar. É nada, é quase nada. Apenas alguns arranhões aqui e acolá. O que houve? Eu não sei. Ele também não sabe. Ela também não sabe. Não há nada à reclamar. A ordem é dominar! A ordem é calar! Desafio em frações. Força de facções. Calafrio de invasões.
Até quando seremos desfalcados de nossas prioridades e calaremos a iniquidade?