É fácil babaquear de fora, pois então não é?... E de dentro, mais fácil ainda é, só que isso implica, no caso, colocar em risco a dignidade de um dos mais populosos e também pacíficos estados do mundo. Não dá mesmo pra brincar, jogando ao saloio e ao "esconde-esconde", presumindo estar de governo sobre 180 milhões de asnos. O que já a imprensa internacional veícula não dá margem para sustentar plausivelmente a dúvida: a testa do Partido dos Trabalhadores minou o cérebro que o liderava.

Pois, Você, como agiria no lugar do presidente do Brasil?... Todavia, o lugar de Lula, doravante, não terá préstimo algum em absoluto. Só vai dar pra "cair-cair" na mais equívoca das bandalheiras.

Eu?... Ah... Eu agiria assim:

1. - Tinha de imediato falado ao Brasil, proclamando que me demitiria se as conclusões do escândalo despoletado comportassem afectações, directas ou indirectas, de minha responsabilidade.

2. - Instituíria uma lei excepcional que outorgasse a condução das investigações rigorosamente sob a lupa da oposição política.

3. - Submeteria os suspeitos a interrogatório contínuo - com o respeito e trato que lhes era devido em relação aos cargos que ocupavam - até que a verdade no mais curto espaço de tempo se revelasse inequívoca.

4. - Recomendaria que a imprensa, com óbvia organização e recato, tivesse pleno acesso à condução do processo em questão.

Eis tão só o que eu faria: se deveras estivesse rigorosamente isento - o que não parece, infelizmente, ser o caso de Lula - decerto que, em face da minha demissão, que manteria sem vacilar irrevogavelmente, o povo brasileiro me solicitasse a permanência em Brasília. Isso, seria tão só a minha asa de glória para o resto dos meus dias.

A solução seria tão simples como o que está exposto. Todavia, tudo é mais bem complicado e, o interessante, é que todos sabem confrangedoramente porquê.

Dói-me na alma e revolta-me o que está a acontecer ao Brasil, o que também de forma similar, na devida proporção, está minando imparavelmente dia a dia o meu querido país.