Neste governo, não há diretrizes e políticas bem definidas. Falta planejamento articulado. Faltam elos de ligação entre os diversos órgãos da Administração, que não interagem entre si. Não há visão do conjunto. Tem-se a impressão de que se governa a partir da experimentação e do improviso. As alternativas apresentadas são sempre de última hora e genéricas, acompanhadas por aberrações jurídicas que tratam igualmente os desiguais, criando novos problemas, que se transformam em guerra de liminares, desviando o curso das ações e atrasando as soluções desejadas.
A reforma administrativa, tão propagada à época, não vingou. Trocaram os tapetes e tiraram o sofá da sala. As causas da corrupção e dos desvios de verbas, quase sempre ligados a falta de fiscalização e de controles adequado, não foram levados em conta.. Preferem extinguir órgãos onde há indícios de corrupção do que investigar e punir os culpados. E criam outros Órgãos, de natureza duvidosa, como a ANEL, por exemplo, sem estrutura, sem atribuições definidas e sem quadro de pessoal. Faltam bons profissionais de Administração, sobram economistas de competência duvidosa. Decididamente, precisamos de mais profissionais de Administração e menos economistas de plantão.