O indivíduo humano, apesar da inteligência que o dota e dos milénios de raciocínio em que tem evoluído, é sem dúvida alguma o maior dos predadores do reino animal. Comparado com os outros seres, é simplesmente execrável.

Quem bem se debruce e matute sobre a História da Humanidade, entre os sublimes lampejos da dignidade do pensamento, encontra um perturbante estendal de lástima em permanente paradoxo: a evocação do bem, em larguíssima maioria, é tão-só um sub reptício sofisma para submeter biliões de crédulos incautos e escravizá-los à «vontade-poderosa».

A luta entre bem e mal, ou vice-versa, tem fatal e sucessivamente acabado, sem excepção, no reinadio da perversidade. Todas as religiões estão plenas de «santidade», pois então não estão?!... Quantos santos-guerreiros foram canonizados?!...

Deveras, esse ser colectivo que se designa por Homem, embora conclua que em curto tempo é um nada absoluto, persiste em expandir a crença de que terá uma outra vida.

- Qual a outra vida?!...