Estrela solitária, lutadora, valente, ora em ascenção, ora cadente. Saco de gatos, refúgio dos últimos filhos da utopia social, de belo encanto radical e gentil apelo popular. Existem maiores abismos entre os teus filhos, que entre tu e as beldades concorrentes. Mas continuas, insistente, estrela múltipla, quase constelação, sistema caótico de vários sóis e planetas renitentes. Ouço um clamor por ti, desesperado, meio sobrante, bastião de tantos sonhos amarrados com barbante. Terá chegado a tua vez? Será esta a tua hora? Ou será que simplesmente a concorrência foi-se embora, sem mais proveitos à mãe gentil sugar (por hora) ? Será esta uma fatal armadilha, emboscada final em tua trilha, a fim de poder melhor te trucidar? Entre o Suplício e o Inácio, será logo o Bonifácio? Melhor talvez não seria um enredo mercadejado, que uma aliança com o outro lado? Oh estrela, rubra estrela, o que te reserva o destino? Salve Deus teus fiéis do desatino, e faça-se um milagre nacional. És a última esperança, entre tantos guerreiros caídos, quem sabe uma boa batalha ainda desperte alguns falecidos? Estrela, estrela, minha stella, isto não é filme ou novela, mas tem o mesmo andamento. Afinal se a vida é bela, dispensa qualquer argumento...