Ontem, dia 08 de abril, encerrou-se um capítulo da arte e criatividade magistral do brasileiro. A Casa das Sete Mulheres, que permaneceu no ar por muito tempo, pode ser considerada pelos especialistas em várias áreas como uma das maiores obras de arte do planeta. Já escrevi sobre essa minissérie neste "site", e expressei minha admiração pelo feito literário e pela organização do trabalho, escolha do elenco, do cenário etc...
Quando teremos outros momentos iguais a este, em que "vivemos" no sentido real e simbólico a vida dos personagens, transportando-nos a um cenário fantástico do Sul do Brasil?
Fica a saudade...
O último capítulo extrapolou todas as expectativas possíveis: a morte de Rosário, a felicidade contagiante de Perpétua e Mariana e... a solidão de Manuela ... que, como narradora, com sua voz grave e marcante - sob uma simbólica salva de palmas do telespectador, que viveu, sofreu e chorou com os personagens até o final- fecha as cortinas de um palco brilhante, numa cena extraordinariamente triste. E, na enorme casa onde muitos viveram, Camila Morgado, com sua linda figura clássica, lembrando "anjos e bonecas de marfim", abraça a solidão, mostrando que é possível amar de verdade, mesmo que isso se constitua numa longa e interminável espera.