Usina de Letras

Semana passada um vizinho – sabendo dos meus amplos conhecimentos de informática -- chamou-me para socorrê-lo, pois seu computador jazia cheio de vírus e o mesmo estava infectando os computadores dos amigos através do MSN. E lá fui eu.
De fato, a situação era feia. Apesar do Norton Antivírus instalado, não sei por cargas d`água o Windows dele estava mais infectado que paciente em estado terminal. E, usando as diversas ferramentas para a remoção de pragas, consegui removê-los depois de mais de duas horas. No entanto, o sistema da Microsoft tornou-se instável, a conexão com Internet ora funcionava ora não e o Internet Explorer simplesmente parou de funcionar. Enfim, só mesmo formatando o HD e fazendo uma reinstalação completa do Windows para resolver o problema.
Imagino que o mesmo problema aconteça com milhares de pessoas todos os dias ao redor do mundo, pois o Windows é usado em 93,06% dos computadores segundo o último levantamento (agosto/2009) feito pela Market Share, embora essa porcentagem tenha chegado a quase 100% há pouco mais de dois anos atrás. E pensando nessas pessoas imagino o transtorno que essas pragas lhes causam, sem contar a série de cuidados e a perda de performance da máquina devido à execução em tempo integral do antivírus. Coitados!
Usuários do Linux – um sistema operacional que tem a mesma função do Windows – não têm esse tipo de problema. Digo isso porque uso Linux há pelo menos três anos e nunca tive de instalar um antivírus ou coisa parecida, nem reinstalar o sistema por este ter deixado de funcionar por causa de vírus; e o mais importante: minha máquina não fica lenta porque um antivírus esta consumindo a maior parte do tempo de processamento. Portanto, quando se trata de vírus no computador, esse assunto não é problema meu e nem dos usuários do Linux.
Mas por que o Linux não pega vírus? Deve ser a pergunta que o amigo leitor desse artigo possivelmente está fazendo. A resposta é muito simples. Primeiro, porque o Linux é mais seguro, não é fácil encontrar uma brecha no sistema para a instalação de um vírus, pois qualquer programa só pode ser instalado na máquina através de uma senha de usuário (o que não ocorre com Windows, onde qualquer pessoa pode instalar um programa no computador); o segundo motivo é porque, mesmo que se consiga instalar um vírus no Linux, o seu efeito limitar-se-á à um único usuário e dificilmente infectará os programas instalados pelos demais usuários. Isso tudo porque, desde o início, o Linux pensou primeiramente na segurança das informações.
Por isso, de forma lenta mas gradual, mais e mais pessoas trocam o Windows pelo Linux ou outro Sistema Operacional. Vale lembrar que a cada mês o Windows perde em média 0,4% dos usuários. Parece pouco, mas se continuar nesse ritmo em 10 anos somente metade dos computadores rodarão Windows. Aliás, foi o que aconteceu com o Windows Explorer, que há 4 anos era usado por 96% dos internautas. Hoje apenas 66% o usam; ou seja: em 4 anos perdeu exatamente 30% dos usuários para o Firefox que vem crescendo em média 0,6% ao mês.
Usar Windows ou Linux depende de cada um; no entanto, quando se fala em economia e manter-se na legalidade, pois usar uma cópia do Windows sem pagar por ela é crime, o Linux é uma opção a ser levada em conta. Não por acaso grande parte das empresas de médio e grande porte trocaram o sistema da Microsoft pelo sistema do Pinguim. Mas se você quer acabar de vez com problemas de vírus no seu computador só tem duas saídas: ou você não o usa, ou troque o Windows pelo Linux.