Usina de Letras
Usina de Letras
32 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63698 )
Cartas ( 21374)
Contos (13318)
Cordel (10371)
Crônicas (22595)
Discursos (3253)
Ensaios - (10821)
Erótico (13604)
Frases (52149)
Humor (20225)
Infantil (5679)
Infanto Juvenil (5038)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1388)
Poesias (141140)
Redação (3385)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1981)
Textos Religiosos/Sermões (6424)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->As Viras do Porto -- 07/12/2004 - 08:05 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Porto, 23 de agosto de 1928





Quando a puberdade aportou



lá pelas



trinta horas



de vida



e



nenhuma de humanidade,



só pensávamos



em três coisas



básicas



que de frutos,



não tinha nada:







Não fazer nada,



procurar o que fazer,



e quando achar, não fazer.







Era 1920,



a terra ainda girava



de cabeça



pra baixo.;



não era igual a hoje



que mal tem forças



para girar.







Para nós, de tenra idade,



só tínhamos medo da



morte - porque era um apagão



de verdade.;



tanto que nossos professores



iam um a um!







E depois da lágrimas:



coca-cola,rum



abacaxi, um rabo de



saia



e um sorvete de melão.







Big Bands animavam nossos



pés e lavavam nossa



alma



pois o mundo começava



na porta de casa



e terminava na porta



de outra.







Amigos à parte,



Tínhamos como parceiros, a natureza,



o sol e a terra,



tínhamos o sobretudo de



inverno



e uma rala



camisa de verão.







Bem, isso tudo pra



contar que



morreu ontem



John Wayne!







Choramos no quarto,



beijamos nossas namoradas



e juramos que igual a ele



nunca mais.







Nosso mundo havia acabado



com direito a pano de



seda,



cor carmim,



um corrimão perdido



no espaço



e uma abóboda de luz



tão grandiosa como o sol



que anunciava que alguma coisa



estava mudando.







Que o xerife de nossa vida



seria a gente mesmo.







Mas, antes, e para sempre,



adeus aos amigos que



não tivevemos



a mulher que nos trocou



por outro,



do roubo que fomos acusados,



do avô particular que morreu



do padastro consistente



de duas mulheres.



Adeus.







A luz imensa que nos tomava



era o anúncio da grande vida



e a chegada da perene realidade.







Jonh Wayne – nunca mais,



Big Bands silenciosas.;



Gleen Miller nunca mais.



- Agora só torrada e café!







Passariam a tocar nosso futuro



Que a bem da verdade continuaria o mesmo:







Não fazer nada.;



Procurar o que fazer



E quando alguma achar pra fazer,



Não fazer nada.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui