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Poesias-->Aragem da Vida -- 07/12/2004 - 05:06 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bonde

Minha missão acabou.

Se achegue, seu Mestre, me tire

daqui.

Quero ir embora.

Pra que lugar eu não sei,

mas sair daqui eu quero e

quero viver,acho lá em cima,

perto de onde ninguém foi,

longe de meu passado,

de meus quatro sonhos,

sendo, um deles,o de Maria das Graças,

a que mais quero,

pois foi a primeira a partir

e a última a chegar.

Sendo assim, em nome do bom sendo,

das alegorias,

e dos pares de botas,

dos desgarridos e

esfomeados e se lá

o que mais for

ou tiver por vir,

declaro para os

extasiados que amor,

amor,

não é isso não.

Melhor é esperar

a espera do bonde da meia-noite

e seguir toda a vida

em frente.;

a procura da mulher verdadeira

que seja tomada de amor por inteiro!

E não de vazios passageiros!

Roda

Compro cinco jornais,

deste bons: que dão brindes:

figurinhas,perfumes,

cds,revitinhas e até cocares.;

Compro uma garrafa de pinga-doce,

todos os domingos,

de roupa nova e tratos

de perfume!

Mas já me perguntei:

Mas que diabos, faço

aqui?

Veja lá seu Mestre, me

tire da roda,

minha missão já acabou,

uso remédios para acalmar

e tomo injeções para

desodolorir.

Mas que diabos faço aqui?

Todos os domingos sozinho

e fingindo ser gente grande!

Me tira daqui.

Não sou mais laço

de dar corda.

Sou simples e medroso

igual a um piano sem agudos!



Gamão

Sou apenas um número,

experimente de e a quatro!

mas sem juras de amor:

sem promessas de avelãs!

Sou apenas um número

que a vida me sorteou.

E mandou eu seguir o

caminho dos outros

homens.

Tudo em vão.

Não pulo em precipícios por precaução.

Sou dono da vez e da hora.

Do meu lugar ninguém tira.

Sou bom prá perder,

ou prá jogar gamão.

Mas só não me perguntem o nome

dela.;

Dizem que hoje ele virou,

prá tristeza minha,

dona de jogos de salão:

destes que entra um e outros

dois saem,

saem dois e entram quatro!

Tudo por força de

nosso inesquecível amor!

Fuga

Fui um dia cavalheiro da corte:

era sócio das comodidades, de

falhas e acertos e tudo ocasional.;

e tinha um

terno a passar, um pomar

embrutecido e um jardim

que se negava a dar flores!

Dos contrários, era eu.

Em permanente guerra

com as coisas feitas,

dono de nada,

de verdade nenhuma.

Nem dono dela,

que cheia de minhas

teorias de vidas e valia,

mandou arriar o cavalo

e seguiu léguas e léguas

prá bem longe de mim!

Só dizendo - não me segue...não me segue!

Aragem

Já fui criança,

por mais que não acredite,

dono de bolas

corridas,

parques e

anseios.

Dono de todas as descobertas!

Era sempre forçado a ir a Igreja,

acompanhar certos mortos,

velejar pela noite,acalentando

aves-marias que não entendia e

sempre duvidar - nunca pensar!

E assim passava meus

dias

até que os dias resolveram

passar por mim

e me deixar descabido e adulto

sem ser dono de nada e de ninguém.

Nem da própria aragem!



Cosmopolita

Cosmopolita eu sou!

Já fui dono de quatro mulheres

todas elas sedentas de

amor,carinho e jóias.

Dono delas,pensva,mas eram donas de mim.;

assim enquanto eu pensava ter

um montão de carinho,tinha sim,

um dobrão de dívidas pesquenas que

logo se transformaram numa fortuna!

Quando de todo pobre fiquei,

perdi as dunas!

As mulheres e as lantejoulas!

E hoje faço roçado de fazenda

prá ganhar a vida e o pão.

Mas cosmopolita já fui!

Dono de quatro mulheres

de amor duvidoso!
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