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 | Poesias-->A sobra do nada... começo e fim -- 14/11/2000 - 23:15 (Mauro de Oliveira) |  |  |  |  |  |
 | A SOBRA DO NADA... COMEÇO E FIM. 
 
 
 Porque o que me sobra,
 
 É o mesmo que   me  falta,
 
 E o que  sobra na ribalta,
 
 A sobra fala, e a falta cobra.
 
 
 
 De mim  falta  a metade,
 
 metade, dos outros me sobra,
 
 A minha sobra, a falta  invade,
 
 Com a  dos outros, a falta  dobra.
 
 
 
 Se tudo me sobra do nada,
 
 e a falta de tudo me dobra,
 
 a falta que sobra é mandada,
 
 Prá tudo aquilo que sobra.
 
 
 
 Toda vida tem  começo
 
 para o mundo ser assim,
 
 temos que pagar o preço,
 
 prá ter  começo do fim.
 
 
 
 Quem não paga esse preço,
 
 E acha a vida ruim,
 
 Perde a chance no começo,
 
 de ter  começo do fim.
 
 
 
 Deus deu o princípio,
 
 também o meio e o fim,
 
 somente aquele que é ímpio,
 
 não quer o começo do fim.
 
 
 
 E se achas que é ruim,
 
 ter o começo do fim,
 
 maior seria o preço,
 
 de ter o fim sem começo.
 
 
 
 A velhice é uma festa,
 
 A quem tem o astral em alta,
 
 Não fales do tempo que resta,
 
 Aproveite o tempo que falta.
 
 
 
 Se chegar o esquecimento,
 
 Jogue palavras ao vento
 
 juntas com os erros seu,
 
 viva aquele momento,
 
 junte seus pensamentos,
 
 E esqueça que se esqueceu.
 
 
 
 
 
 Aos jovens lhe abrimos  os olhos,
 
 do quanto o mundo é perverso,
 
 Aos velhos que sabem tudo,
 
 só lhes oferecemos  versos.
 
 
 
 ORUAM
 
 30/10/98
 
 
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