Ontem vi Rosinha, vestida de cor de rosa, penteado de cachos e cheirando mulher.
Rosinha é de boa estirpe: roda a bolsa, mais ainda dorme de sono azul.
É de pobre nascença. É de lápide sua família. Só resta ela de entalhe.
Eu, procuro nela o que nas outras faltam. Encontro e fico quieto. Não conto segredos.
Rosinha é coisa rara. É flor de pérgula. É amante sem enfeite. É de couro ardiz. E na cama é férrea. Arde e chora feito criança. Mas é mulher feita com meigos olhos e faz coisas que só andantes formados em alcovas de ouro, lá conseguem !