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| LEGENDAS |
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| Poesias-->Cálice Dourado -- 05/12/2004 - 10:53 (José Ernesto Kappel) |
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São desejos meus, extrovertidos,
que formam casulos de desamparos,
e ordenam a imediata retirada
dos meus avessos e parecidos.
Formo par de descalsos,
é meu entrevero na guerra particular,
entre a flor que adorna
e a rosa que alço!
De vez sou assim:
cégulo e armênio,
sem causa própria.
Pois não!Só ardem em mim!
Sou vista grossa mas não
entorto.
Sou parte da paisagem
mas não choro!
Cadê você?
Perdida de novo
dento do espírito calvo?
Largada dos bons deuses
que a toda hora renovo?
Se partiu, foi de graça,
ninguém pediu.
Alma universal vive agruras
de um tempo que já revivi.
Borda em mim seu espaço.
Não custa costurar o perdão:
ele tem duas alças,
um cálice de vinho,
e uma ombreira
de vidas,
que já morreram,
mas no meu corpo de aço,
renascem vindo e indo.
É a agonia dos seixos de março!
Me deixa cambaleante
de sentidos.
Sou pouco, mas enfraquejo,
ao saber que perdi arrependido
um único beijo dado por amor.
-Ai! Basta! Arquejo!
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