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Poesias-->Mulheres das Sete -- 05/12/2004 - 10:28 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As sinceridades das sete horas

me assustam.; mas não são

coisas assim.

São mais,

e enlevam a sensação

de solidão e de conviver

num rebuliço interior.

São as minhas mulheres

das sete horas:

rebuscadas de pó e

exalando gergelim que me

apavoram.

São as minhas mulheres

das sete horas que sentam

às bocas dos bares e se perguntam -

bem no seu interior -

o que estão fazendo ali.?

Elas fazem tremer o meu vazio

e da pomba ferida, com beira dos

lábios a sorrir,

exalam

tanto sozinhas, que

de lá nada carrego,

nem trouxa velha,

nem âmago afim.

São as mulheres

das sete.

porque pertencem aos homens

também dos sem-horas.

Aqueles enlacrados de sem vida,

torneiros do trabalho,

que procuram as mesmas mesas

para trocar intimimidades

tão famosas e angustiantes.

Sou fraco por isso,

minha sustentação não existe.

Sou pária naquela hora

onde todos se encontram

caseiros

prontos para levantar o mundo

e fazer dele um brazeiro.

E refaço meus cálculos:

se não são bons,

também de pouco valem.

E acabei nunca me tornando um

algoz das horas semi-nuas,

onde se despem as angústias e

solidões de todos

em botijas de aguardente.

Posso, ser vazio e impuro,

posso, ser vulgar e passageiro,

mas daquele alento não quero mais

não por ser encrequeiro,

mas por querer viver

e viver não quer dizer

virar mulher das sete

e virar centro de um mundo

que está para morrer.

Mas acho, ariano e luminoso,

que estou pisando entre mortos

e semi-mortos e ainda não descobri.

Mas de uma coisa eu sei:

mulher das sete, nunca, nunca

mais,

não são anjos - são despojos -

de alguma estrela sem rumo que

raspou a Terra e nos inundou de um

grande e basto vazio:

as mulheres das sete!
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