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| LEGENDAS |
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| Poesias-->Tempo de Passar -- 02/12/2004 - 14:13 (José Ernesto Kappel) |
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fiz roda de criança,
bola de gol,
rodava de poeira,
e me guardava do sol
à sombra de camélias.
me perfumava entre
os arvoredos e me
fazia criança
de apanhar.
tudo uma roda.
Ora bolas!
que tempo foi
aquele que
a folhinha
não marca
e os relógios
não andam?
diz meu augusto
e severo jardineiro:
aquilo foi tempo de passar.
e chorei por não
conseguir mais ser rei,
mocinho de cavalo,
e relva das seis horas.
chorei pelo tempo de passar.
e hoje me refugo,
no mal andar, entre
as estrepolias de
cimento que o homem
construiu onde
era meu sobrado.
hoje, lembro de
tudo feito sonho,
mistura de
doce e amargo.
e... tomo
mais um gole
pra revoar.
pois,foi meu o
tempo de passar. |
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